Segundo a coordenadora regional do Sind-UTE Uberaba, Maria Aparecida de Oliveira, 18 profissionais da cidade já estão na capital mineira e se unem à mobilização geral
Manifestação de educadores na ALMG (Foto/Divulgação)
A paralisação estadual de servidores contra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) proposto pelo governador Romeu Zema afetou quase todas as escolas de Uberaba. Segundo informações do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), apenas uma unidade não aderiu ao movimento e 20% das escolas estaduais na cidade estão totalmente paradas.
A coordenadora do Sind-UTE, Maria Aparecida de Oliveira, informou que estão paralisadas as escolas estaduais Lauro Fontoura, Hidelbrando Pontes, João Pinheiro, Fidelis Reis, Leandro Antônio de Vito, América, Carmelita Garcia, Ceopee e Horizonta Lemos. Ela afirmou que a relevante adesão dos servidores ilustra a insatisfação da categoria com a proposta do RRF. "O impacto foi muito grande. Aqui em Uberaba, apenas uma escola não aderiu, mas todas as outras tiveram o funcionamento com algum tipo de alteração", revelou.
Conforme os dados apurados pelo sindicato, além das escolas totalmente paralisadas, 49% estão funcionando em apenas um turno, seja matutino ou vespertino. Também há as unidades com três turnos, que também estão com paralisação parcial, ou seja, com apenas dois horários funcionando.
Uma caravana de servidores de Uberaba viajou a Belo Horizonte para pressionar a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) contra o projeto. Segundo Maria Aparecida, 18 profissionais da cidade já estão na capital mineira e se unem à mobilização geral.
Entenda. Além da Educação, a expectativa é de que pelo menos 24 categorias do funcionalismo público participem da paralisação, nesta terça-feira (7).
A reportagem do Jornal da Manhã também entrou em contato com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro/MG) em busca de saber se os associados devem aderir à greve. Segundo o presidente, William Franklin, os trabalhadores devem iniciar greve nesta terça. "Estamos em plena campanha para renovação do nosso Acordo Coletivo de Trabalho 23/24. Decidimos em assembléia fazer greve de um dia, no dia 07/11, como advertência a Cemig pela falta de empenho da empresa no processo negocial, e aderindo a proposta do funcionalismo público de Minas Gerais, de demonstrar nossa reprovação a adesão de Minas ao RRF", pontua.
O Regime de Recuperação Fiscal busca renegociar dívida do estado com a União em troca de ajustes fiscais. Entre eles, o congelamento dos salários dos trabalhadores do funcionalismo público pelos próximos nove anos, permitindo apenas duas recomposições de 3%. O projeto teve parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa na primeira semana de novembro. Entretanto, o texto apresentado passou por adequações antes da deliberação do grupo.