Artigo sobre pesquisa de professoras da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) que propõe método de diagnóstico eficiente e acessível para a Leishmaniose (doença tropical negligenciada que afeta milhões de pessoas em todo o mundo), intitulado “A comparative study of graphene-based electrodes for electrochemical detection of visceral leishmaniasis in symptomatic and asymptomatic patients”, foi aprovado para publicação na revista científica de renome internacional “Talanta Open”.
Essa pesquisa que envolveu a utilização de um imunossensor eletroquímico foi executada pela doutoranda Beatriz Rodrigues Martins, pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, e por Cristhianne Molinero Andrade Ratkevicius, pós-doutora que auxiliou em toda a execução do trabalho.
A história do imunossensor eletroquímico para o diagnóstico da Leishmaniose Visceral Humana teve início em 2017, quando a então discente Beatriz Rodrigues Martins ingressou no mestrado da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). No trabalho desenvolvido durante o mestrado, foi demonstrada a possível via de detecção da doença em pacientes sintomáticos. No doutorado da aluna, a equipe de trabalho se propôs a um desafio ainda maior: detectar a Leishmaniose Visceral Humana em pacientes assintomáticos.
A Leishmaniose é uma doença parasitária devastadora, de difícil controle e poucos investimentos. Partindo dessa premissa, a pesquisadora Beatriz Rodrigues Martins observou uma demanda de saúde pública e começou a aprimorar seus estudos para criar uma ferramenta que facilitasse o diagnóstico precoce e, dessa forma, ajudar a salvar vidas combatendo essa enfermidade. Em busca de obter os conhecimentos necessários para o desenvolvimento inicial deste diagnóstico, Beatriz contou com o apoio e a orientação dos professores onde realizava o seu trabalho. Também recebeu suporte da doutora Cristhianne Molinero Andrade Ratkevicius.
O desenvolvimento do imunossensor eletroquímico foi fruto de uma pesquisa colaborativa, realizada no Laboratório de Imunologia da UFTM, sob a supervisão dos professores Virmondes Rodrigues Júnior (ICBN) e Renata Pereira Alves (campus Iturama), além de contar com o apoio dos Programas de Pós-graduação da Instituição à qual a equipe está vinculada e de diversas agências de fomento, como o CNPq e a Capes, que financiaram o projeto e concederam bolsas de estudo aos pesquisadores.
O financiamento do CNPq através do projeto aprovado Chamada CNPq/ MCTIC/SEMPI Nº 01/2020 - Grafeno e as bolsas concedidas pela Capes e pelo CNPq permitiram a manutenção de equipamentos, compra de materiais de laboratório e a contratação de bolsistas, garantindo o desenvolvimento do imunossensor eletroquímico.
Essa pesquisa irá continuar no projeto de pós-doutorado de Beatriz, já aprovado pelo CNPq, e a defesa do doutorado no Programa de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas ocorrerá em meados de agosto de 2024.