POBREZA MENSTRUAL

Projeto da UFTM vai distribuir mil ecoabsorventes a detentas de Uberaba

O projeto foi iniciado em março, com previsão de encerramento em outubro, para distribuição entre a população carcerária de Uberaba e seus familiares

Tito Teixeira
Publicado em 24/08/2023 às 11:45Atualizado em 24/08/2023 às 20:25
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O Projeto de Extensão Universitária "E-fluxo: dignidade menstrual além das grades", da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), iniciado em março, será encerrado em outubro, com a produção de mil ecoabsorventes que serão distribuídos para a população carcerária e seus familiares.

O projeto é coordenado pela docente Cristiane Simon, do departamento de Saúde Coletiva da UFTM, e visa promover a dignidade menstrual de pessoas que menstruam na Penitenciária de Uberaba - Professor Aluízio Ignácio de Oliveira. Discentes dos cursos de Enfermagem, Medicina, Serviço Social e Psicologia participam do projeto, que tem o financiamento da Vara de Execução Penal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

De acordo com os autores do projeto, a pobreza menstrual é um fenômeno que atinge milhões de mulheres no Brasil, tendo consequências nas condições de saúde, econômicas e sociais, sendo as mulheres em vulnerabilidade social as mais impactadas, destacando-se aquelas que vivem em privação de liberdade. Além disso, o uso de absorvente descartável tem grande impacto na acumulação de lixo não reciclável.

"Diante desta situação, propomos o Projeto E-fluxo para promover a dignidade menstrual, ampliar o acesso ao absorvente higiênico sustentável e fornecer informações sobre saúde menstrual para as pessoas privadas de liberdade que menstruam e seus familiares, incluindo os familiares de homens privados de liberdade", informou a coordenadora.

Para atingir a meta de mil ecoabsorventes, estão sendo realizadas oficinas sobre saúde menstrual. As oficinas de saúde menstrual são coordenadas por discentes dos cursos de Enfermagem, Medicina, Serviço Social e Psicologia, em encontros semanais com duração de 2 a 3 horas, supervisionados pela coordenadora do projeto. As oficinas de costura criativa são coordenadas por uma artesã voluntária, Andiry Pinheiro, e por discentes, todas sob a supervisão da docente coordenadora. Todas as atividades são realizadas na unidade feminina da Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira.

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