Preços dos plásticos, papelão e latinhas indicam significativa recuperação do setor, em relação ao momento vivido em 2009, marcado pela grave crise financeira. No entanto, ainda estão em patamares abaixo dos registrados em 2008. Segundo José Eustáquio de Oliveira, diretor da Cooperativa de Recolhedores Autônomos de Resíduos Sólidos e Líquidos de Uberaba (Cooperu), os valores destes produtos deverão chegar próximos dos cobrados em 2008 somente em fevereiro. “Espero uma nova reação dos preços no final de janeiro e cifras melhores do próximo mês em diante”, confirma. “Antes disso, dificilmente teremos alteração neste quadro, pois as indústrias não compram até o dia 18 deste mês”, completa. De acordo com Antônio Marcos Polvarin, presidente da Cooperu, o plástico foi o reciclado que teve a maior elevação de valores: 60%. “Na crise, o quilo do plástico custava R$ 0,50 e hoje está avaliado em R$ 0,80”, revela. No entanto, a diferença em relação à maior cotação deste artigo ainda é grande. “O quilo do plástico já chegou a valer R$ 1,00, pois se trata de uma matéria-prima muito boa, separada a mão e por cor, inclusive com nota fiscal”, destaca. Já a latinha teve a menor alta. Foi de apenas 10%. “O quilo passou de R$ 2,00 para R$ 2,20. Porém, pode subir bem mais, pois já chegou a custar R$ 4,00 em 2008, quando chegou ao auge”, informa Antônio Marcos. E o preço do quilo de papelão teve aumento de 50%: saltou de R$ 0,12, em 2009, com nota fiscal, para R$ 0,18 atualmente. Mas, no momento bom, chegou a R$ 0,25. Portanto, ainda, não está com o valor ideal”, conclui. (FN)