A prática de golpes virtuais tem se mostrado cada vez mais constante, com diversos registros de ocorrências diariamente. As “iscas” são diversas: alguém se passando por um filho, pagamento de uma “dívida”, “clonagem” de um cartão de crédito... A lista de golpes é extensa. Quando o assunto envolve, então, algo tão frágil quanto a regularidade junto ao Governo Federal, as vítimas ficam ainda mais vulneráveis.
Segundo a superintendente de Micro e Pequenas empresas, Carolina Ribeiro, os casos de golpes contra microempreendedores individuais é algo frequentemente relatado na Sala Mineira do Empreendedor. Ribeiro explica que muitas vezes a vítima não identificou que está caindo em um golpe, somente quando é alertada pelos funcionários do serviço municipal.
“As pessoas ligam para a gente, ‘Vocês mandaram um boleto, eu não consegui pagar no dia. Podem me mandar de novo ou não?’. Nem o Governo Federal e nem a Sala Mineira do Empreendedor enviam esses boletos. Então, se receber boleto por outro meio que não seja o gov.br, não faça o pagamento”, orienta.
Entre os golpes aplicados, Carolina explica que os mais habituais são: cobrança indevida de boleto, site falsos para abrir o MEI, e-mail's solicitando acessos e senhas do gov.br, e também o oferecimento de empréstimos.
"Hoje é muito importante ter cuidado com relação aos empréstimos. É interessante que, às vezes, o empreendedor nos procura, nós fazemos a abertura e ele já sai de lá com toda documentação pronta. Então, a gente já entrega o cartão de CNPJ, já entrega para ele os boletos. E aí, porventura, no meio do caminho, ele perde esse boleto, não paga atualizado. E acontece igual quando a pessoa se aposenta, começam a surgir mensagens de empréstimo”, relata Carolina Ribeiro.
A superintendente ainda reforça que os Governos Federal, Estadual ou Municipal não entram em contato com o empreendedor via WhatsApp ou e-mail para solicitar qualquer tipo de pagamento. “E outra coisa que tem importância é dos aplicativos. Hoje, com a facilidade dos aplicativos, no celular tem vários, quando você entra no Play Store, tem ‘Quero ser MEI’, ‘Sou MEI’, ‘MEI Fácil’, nenhum desses aplicativos é do Governo Federal. Então, você está colocando seus dados dentro de uma plataforma desconhecida, e eles roubam os dados começam com ‘Pague essa taxa associativa de R$298, R$288”, ressalta Carolina.
Em caso de dúvidas, o empreendedor pode entrar em contato com a Sala Mineira do Empreendedor via WhatsApp, pelo número 3318-7467 ou pelo e-mail saladoempreendedor@uberaba.mg.gov.br.