Segundo a Codau, sistema de transposição deve ser montado entre julho e agosto em Uberaba (Foto/Divulgação)
As interrupções no abastecimento de água no fim de semana acendem alerta para o período de seca, que ainda está em sua fase inicial. Apesar de a Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) garantir que a vazão do rio Uberaba, que abastece a cidade, ainda não foi afetada, medidas de contenção por parte dos uberabenses são incentivadas, uma vez que a estiagem prolongada do ano passado deve também atingir a cidade em 2025. Dessa forma, a transposição do rio Claro está prevista para ocorrer entre o final de julho e início de agosto, caso os mananciais que abastecem o município apresentem queda significativa na vazão.
“Todas as previsões indicam que teremos um período de seca semelhante ao do ano passado. Por isso, o consumo consciente deve ser praticado desde já”, destacou Giovanni Molineiro, diretor de Desenvolvimento e Saneamento da Codau. Ele reforça que os equipamentos da transposição já estão revisados e prontos para operação, dependendo apenas das condições dos mananciais, especialmente o Rio Uberaba.
Além das ações operacionais, a Codau alerta que medidas mais rígidas podem ser adotadas caso o consumo não se estabilize. O Plano de Contingenciamento está pronto e pode ser acionado, segundo o Molinero. Caso necessário, a companhia poderá aplicar restrições de uso e até punições para quem for flagrado desperdiçando água. Para isso, é necessário um comunicado prévio à Agência Reguladora, que acompanha a execução das ações emergenciais.
Vale pontuar que no ano passado, o sistema de transposição foi montado em julho. Uberaba enfrentou seca superior a 150 dias sem chuva, considerada a estiagem mais prolongada de sua história. O Plano de Contingenciamento proposto pela Codau foi encerrado oficialmente no dia 30 de outubro, após dez dias sem racionamento de água na cidade.
A Codau reforça que, embora a situação atual esteja controlada, a combinação entre estiagem prolongada e uso excessivo pode levar a interrupções no fornecimento. Por isso, a colaboração da população é essencial para manter o equilíbrio do sistema de abastecimento ao longo dos próximos meses.
A autarquia também recomenda que os moradores tenham estrutura adequada de reserva em casa. “É fundamental que cada residência conte com uma caixa d’água compatível com seu consumo. O ideal é que tenha capacidade mínima de mil litros para imóveis com até cinco pessoas”, finaliza Molineiro.