A reportagem do Jornal da Manhã foi conferir o estado em que se encontra o Zoológico de Uberaba, conhecido como Bosque Parque do Jacarandá. O leitor Salvador Santos
A reportagem do Jornal da Manhã foi conferir o estado em que se encontra o Zoológico de Uberaba, conhecido como Bosque Parque do Jacarandá. O leitor Salvador Santos, que cita o estado de abandono e também o desrespeito aos visitantes e animais, solicitou matéria sobre o local.
A equipe de reportagem foi recebida pela bióloga Hivana Amorim e, por coincidência, estava também no local o secretário de Meio Ambiente, José Luiz Barbieri. Ele e sua equipe estavam fazendo um levantamento técnico sobre as necessidades estruturais do zoológico. Barbieri afirmou que vai entregar os relatórios ao prefeito Anderson Adauto, com os pedidos de intervenções não só no zoológico, como também nas matas do Carrinho e do Ipê. Este levantamento, segundo ele, é para melhorar o ambiente aos visitantes e também fazer adequações nos habitats dos animais, de acordo com normativas do Ibama. Para ele, as intervenções dependem de disponibilidades orçamentárias e devem acontecer a curto, médio e longo prazos.
A bióloga Hivana explicou que o bosque existe desde 1986 e foi transformado em zoológico em 1991, segundo as disposições do Ibama. O local abriga 250 animais, distribuídos entre aproximadamente 50 espécies de mamíferos, répteis e aves, mas ela cita que nunca passou por uma grande reforma. Hivana ainda afirma que o Ibama pede, anualmente, todos os relatórios referentes ao zoológico, desde informações sobre os animais até os projetos desenvolvidos.
Ela revelou a importância de explicar à população que alguns ambientes visualmente feios, com folhas secas caídas, por exemplo, fazem parte de uma linha de pesquisa do Projeto de Enriquecimento Ambiental, que preconiza qualidade de vida aos animais. Para ela, a ideia é remontar o habitat e que ele fique o mais próximo possível deste lugar.
Este projeto foi montado através de um grupo de estudos e teve repercussão até internacional, com resultados positivos para os animais do zoológico, que melhoraram o comportamento e o nível de estresse, segundo Hivana. Ela cita a necessidade de dar continuidade a essa pesquisa e conta com a colaboração de instituições de ensino ou até mesmo de voluntários que possam contribuir com parcerias para o zoológico. “Estamos abertos a receber essas pessoas interessadas em pesquisas e estudos sobre o enriquecimento ambiental”, diz.
Quanto à alimentação dos animais, Hivana afirma que não pode ser considerado como problema, porque é totalmente balanceada e segue um cardápio de acordo com o contrato de licitação com fornecedores de ração, frutas, verduras e legumes. A pesquisadora também cita que as doações da comunidade são sempre bem-vindas. Além disso, disponibiliza o telefone para dúvidas e sugestões (3316 2470) ou até mesmo os funcionários estão à disposição da comunidade.