Durante a visita realizada pelo secretário de Saúde, Valdemar Hial, e a imprensa à UPA São Benedito, o funcionário público Ronildo Pereira da Silva se manifestou contra o atendimento do local. Ela alega que o padrasto já foi encaminhado à unidade mais de oito vezes e sempre é liberado com o mesmo problema.
O aposentado Pedro Alves da Silva, 73 anos, está com uma infecção na próstata, além de diabetes e pressão alta, segundo o enteado Ronildo. “Quando minha mãe abordou o secretário e fomos falar sobre o caso, de certa forma ele chegou a nos intimidar. Como sou funcionário concursado do Centro de Zoonoses, com certeza eles vão falar alguma coisa”, afirma Ronildo.
O funcionário público alega que uma das vezes que o padrasto foi encaminhado à Unidade ele voltou para casa com a sonda passada de maneira errada e tiveram que retornar para novo atendimento. “Os médicos da UPA tinham que ter encaminhado o Pedro a um especialista. Agora, a consulta está agendada para o dia 6 de junho, mas já marcamos há uns dois meses”, explica.
No entanto, Ronildo aponta que existe mais um problema, ele afirma que os médicos não forneceram nenhuma declaração atestando que funcionário público esteve acompanhando o padrasto. “Só deram o atestado desta terça-feira (24). Mas estive lá diversas vezes, pois minha mãe é hipertensa e não tem condições. Os médicos estão alegando que o paciente estava sozinho, mas como tudo aquilo é filmado, eles vão ver quantas vezes fiquei lá”, completa Ronildo.
De acordo com o diretor técnico da Unidade, Cristiano Reis de Morais, o caso do paciente está estável e tem que ser acompanhado pela Unidade Básica mais próxima, além de aguardar o atendimento do médico especializado que já está agendado. Cristiano também confirmou com a assistente social da UPA, que revelou a necessidade de ligar para a família, pois nesta terça-feira (24) pela manhã o paciente estava sozinho.
O secretário Valdemar Hial apenas destacou que considerou uma falta de ética um funcionário da Secretária de Saúde reagir de tal maneira em relação a colegas de trabalho. “Acredito que faltou ética, pois são colegas da mesma secretária que estão tentando ajudar o paciente. Ele deveria chegar e conversar com médicos e tentar resolver a situação e não aproveitar a presença da imprensa”, finalizou.