ASSÉDIO MORAL

Servidoras denunciam diretor de Cemei por assédio e maus-tratos

Rafaella Massa
Publicado em 19/07/2024 às 15:14Atualizado em 19/07/2024 às 15:48
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Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semed), foi preciso liberar os alunos, pois não há energia para abrir o portão da instituição de ensino (Foto/Divulgação)

 Seis servidoras do Cemei Mônica Machiyama, no bairro Alfredo Freire, denunciam assédio moral e maus-tratos por parte do diretor da unidade. Segundo as denunciantes, que preferiram manter anonimato, o comportamento do dirigente é caracterizado por falta de respeito, falas caluniosas e até abuso contra as funcionárias. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) afirma que o caso será apurado. 

Ao Jornal da Manhã, as servidoras relataram diversas situações de abuso de poder. Entre as queixas, está o armazenamento de papel higiênico. As denunciantes alegam que o diretor não permite que a equipe utilize o material, apesar de haver um bom estoque na escola, ao ponto de os itens mofarem. Ao questionarem a situação, o diretor teria afirmado que elas “terão que limpar com o dedo”, conforme relataram. 

Outra acusação é que o diretor, desgostoso com o afastamento de uma professora em tratamento de saúde, teria dito que ela “estava com as partes íntimas podres”, devido aos muitos atestados apresentados. As denunciantes afirmam que a frase foi dita em alta e bom som, para todos ouvirem. 

Elas também contaram ao JM que o diretor as teria feito trabalhar fora dos dias letivos e que, na festa junina deste ano, todo o dinheiro arrecadado teria ido para o PIX dele, que teria sido usado na compra de uma máquina de cartão em seu próprio CPF, sem prestar contas. Além disso, a ausência de prestação de contas seria uma prática comum, de acordo com as denúncias. 

Sobre a falta de energia na segunda-feira (15), as servidoras narram que na terça (16) ainda não havia sido restabelecida, e o diretor teria obrigado a equipe a permanecer no local mesmo sem ventilação. Apontam também que as crianças teriam tomado banho frio. 

As denunciantes alegam que, devido às constantes ameaças, outras pessoas da equipe têm medo de denunciar. Ele teria dito a elas que é protegido na pasta da educação e, por isso, nada aconteceria com ele. 

Procurada pela reportagem, a Semed afirmou em nota que, diante dos relatos recebidos pelos canais internos, reuniu os fatos apresentados e já iniciou a verificação da materialidade das denúncias, com o objetivo de iniciar um processo de apuração de possíveis condutas irregulares por parte do denunciado. A pasta confirma que foram feitas denúncias internas e foram reunidos fatos dessas denúncias, que está em processo de verificação da materialidade para, posteriormente, ser encaminhado para apuração dos órgãos de controle.

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