Servidores protestam contra a transformação dos hospitais universitários em Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S/A
Servidores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) decidiram por unanimidade pela deflagração de greve. Entretanto, para garantir o atendimento de urgências, emergências e tratamento de doenças continuadas, funcionários técnico-administrativos iniciarão a paralisação no próximo dia 18.
Com a aprovação do início da greve, pouco mais de dois mil funcionários paralisarão as atividades por tempo indeterminado até o Governo Federal abrir negociação. Entretanto, não atingirá os alunos que estudam na Universidade. De acordo com a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Município de Uberaba (Sinte-Med), Mirtes Reis, a UFTM é a 41ª instituição federal de ensino a aderir ao movimento.
Entre as principais reivindicações, segundo a coordenadora, estão a reposição salarial, já que estão há 10 anos sem aumento; a não-aprovação do Projeto de Lei 549, que determina o congelamento dos salários dos funcionários públicos por 10 anos e, ainda, a não-privatização dos hospitais universitários por meio da Medida Provisória 520, que, mesmo não sendo aprovada, foi encaminhada como Projeto de Lei para transformar em Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S/A.
“Somos contra, pois defendemos hospital público 100% SUS (Sistema Único de Saúde), e com essa empresa, metade dos leitos irá para a iniciativa privada, o que prejudicará a população. A atual demanda que temos hoje no SUS já é difícil de atender, uma vez que grande parte dos pacientes fica internada em macas nos corredores, aguardando a liberação de leito.” O último protesto durou 100 dias, sendo realizado entre agosto e dezembro de 2007.