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Os trabalhadores da educação na rede estadual já têm nova data para paralisar as atividades. Em 21 de março, profissionais de mais de 30 municípios, incluindo Uberaba, seguirão em prol do movimento, com manifestação em Belo Horizonte. A decisão foi tomada durante Assembleia Geral realizada na última terça-feira (25), na capital mineira, e integra o calendário de mobilizações da campanha salarial 2025. Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação (Sind-UTE), a principal reivindicação é a recomposição do salário, além de melhores condições de trabalho e o cumprimento do piso nacional.
A coordenadora regional do Sind-UTE, Maria Aparecida Oliveira, reforçou que a perda salarial da categoria já chega a 75% e que o governo do estado não paga o valor determinado pelo Ministério da Educação (MEC).
“A nossa pauta de luta deste ano é recomposição de salário imediata. Desde que o Zema entrou, nós estamos com uma perda salarial de 75%. Um professor que sai agora do Magistério e vai dar aula nos anos iniciais, ele está ganhando menos que dois salários. E ele deveria ganhar R$ 4.877,07, porque é o piso salarial que o MEC deu em início de carreira para quem trabalha 40 horas. Como a gente faz 24 horas por semana, em Minas Gerais, ele paga proporcional. Por isso, o Governo tem que fazer essa recomposição imediata, porque tem professor com 20 anos de magistério ganhando só R$ 2.400,00”, lamentou Cidinha.
A situação dos Auxiliares de Serviço de Educação Básica (ASBs) também é um dos focos da paralisação. De acordo com Maria Aparecida, muitos desses profissionais recebem menos que um salário mínimo, o que prejudica até mesmo suas contribuições previdenciárias.
“As ASBs recebem cerca de R$ 1.040,00. As que têm mais do quinto ano recebem um pouquinho mais. Mas o Zema não paga o salário mínimo para elas e, por isso, o INSS também não desconta delas os 11% que tem que descontar. As auxiliares estão perdendo o tempo de serviço, se elas se acidentarem não têm assistência à saúde pelo IPSEMG. Quando forem aposentar, vão ter esse 'buraco' no tempo delas, e sairão prejudicadas. Então nossa pauta, também, é por elas”, ressalta a coordenadora do Sindicado.
Além da paralisação do dia 21, a categoria seguirá com atos públicos e mobilizações ao longo de março, incluindo aulas contra a privatização das escolas de Minas Gerais entre os dias 10 e 14 de março, além de caravanas da Educação entre os dias 17 e 21. No dia 27 de março, os servidores voltam a se reunir em assembleia para definir os próximos passos da mobilização. Enquanto isso, as aulas seguem normalmente.