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Setor de manutenção de máquinas agrícolas sente os efeitos da crise

Publicado em 02/09/2009 às 23:07Atualizado em 20/12/2022 às 10:49
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O período de entressafra já está quase chegando ao seu final e o mercado sente que o momento de dificuldade enfrentado pelo homem do campo ainda não passou. Nas oficinas especializadas na manutenção e conserto de máquinas agrícolas, geralmente lotadas de serviços nesta época, o movimento permanece pequeno. Em alguns casos, a queda na procura por serviços foi de 80% em relação ao mês passado e de até 50% se comparada ao mesmo período de 2008. A atendente Janaína Cristina relata que na oficina onde trabalham os funcionários só não ficaram parados porque havia muitos serviços acumulados. “A entrada de novos serviços caiu acentuadamente. Com certeza, cerca de 80% em relação ao último mês”, diz ela.   Vários fatores podem estar influenciando nesta queda. Uma delas, a crise financeira que atingiu em cheio o setor rural e, consequentemente, afetou os produtores, os quais ficaram mais endividados e menos propícios a fazer novas dívidas. “O pessoal não está conseguindo vender seu produto, sobretudo os produtores de milho, já que o preço está muito ruim. Dessa forma, fica complicado para eles gastarem com manutenção”, diz. Marliane Fonseca, atendente de outra empresa, salienta que, ultimamente, os produtores estão deixando para levar suas máquinas para a oficina somente quando não têm outra saída. “Hoje em dia, são poucos os que fazem revisão. Ainda não temos expectativas de como pode ficar o mercado. Esperamos que, com a aproximação da época de plantio, as coisas melhorem”, declara.   Na maioria dos casos, as empresas que prestam serviços de conserto cobram apenas a mão-de-obra. Segundo alguns empresários, o preço sofreu aumento em agosto, o que pode ter afetado o setor. Porém, Paulo Rodrigues dos Reis, vendedor de uma loja especializada, conta que a alta registrada foi entre 5% e 7%, o que não seria suficiente para promover a queda na procura por oficinas. “A partir da segunda quinzena de setembro, acredito que a busca por consertos aumentará e, com isso, deverá haver um novo reajuste no preço das peças. Digo isso por que em todos anos, nesta mesma época, isso acontece”, conclui.  

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