Com previsão de reajuste de até 4,5% fixado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o Sindicato dos Farmacêuticos de Uberaba aconselha que os consumidores garantam seus medicamentos neste fim de semana. De acordo com o diretor Fernando Xavier, segunda-feira (8) é o último prazo para os estabelecimentos aderirem à nova tabela de preços.
Xavier explica que o aumento estabelecido pela CMED está em vigência desde o 1º de abril. No entanto, algumas empresas ainda não haviam aderido ao reajuste. “Os medicamentos foram tabelados pela agência reguladora e saiu o aumento de 4,5%, em média. Pode ter produtos ou grupos com um aumento maior, outros menores. Tem muitas empresas que ainda não estão usando o preço novo. Porque a gente depende de uma atualização da CMED, enquanto não chega essa atualização, a gente não pratica, mas já tem empresas que estão praticando”, afirma.
O diretor ainda explica que não existe campanha de desconto por causa do aumento, pois esta já é uma prática utilizada pelos empreendimentos do setor. Porém, é comum as empresas informarem os clientes para se anteciparem ao aumento. “Hoje o segmento farmacêutico ele proporciona esse ganho para o consumidor promovendo grandes descontos em certas categorias. Na realidade, o que todas as empresas fazem na véspera do aumento: a gente comunica nossos clientes para que façam suas compras antes de atualizar o preço para que ele consiga comprar no preço antigo”, explica Fernando Xavier.
Segundo Fernando, o sindicato acredita que, a partir da próxima semana, todas as empresas do segmento já trabalharão com essa tabela nova. “Então, esse final de semana [o consumidor] ainda consegue alguns preços antigos, mas a gente deixa aqui o pedido, comunicando aos nossos consumidores", finaliza.
De acordo com a Câmara de Regulação, o percentual de aumento de 4,5% é o menor desde 2020. Segundo o Ministério da Saúde, “para chegar ao índice, a CMED observa fatores como a inflação dos últimos 12 meses (IPCA), a produtividade das indústrias de medicamentos, custos não captados pela inflação, como o câmbio e tarifa de energia elétrica e a concorrência de mercado, conforme determina o cálculo definido desde 2005”, informou o ministério.
O índice para reajuste dos preços dos remédios coincidiu com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses, que registrou alta de 4,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.