Depois de encarar o dia mais quente do ano, na terça-feira (2) – com pico de temperatura atingindo 36º entre às 11h40 e 14h – uberabenses podem se preparar para mais alguns dias de muito calor. Segundo o meteorologista Ruibran Januário dos Reis, até o final dessa semana, as temperaturas permanecerão elevadas e ultrapassarão os 30º. Para ele, uma massa de ar quente estacionada sobre o estado, bloqueando a formação de nuvens e entrada de frentes frias, é o que provoca as ondas de calor observadas nos últimos dias. “Além do calor, a umidade relativa do ar está muito baixa, principalmente no período da tarde. Nesse caso, atividades exaustivas devem ser evitadas e as pessoas devem ingerir bastante líquido”, afirma o médico endocrinologista Eduardo Leandro Paulista. De acordo com ele, condições climáticas como essas podem causar problemas que vão desde a desidratação à ensolação. “Principalmente, pessoas que trabalham na rua devem usar protetor solar e alguma proteção para os olhos também”, garante. “Aquela velha dica de colocar uma bacia com água do lado da cama também vale”, explica. Para a climatologista Wanda Prata, é possível que na sexta-feira, 5, a umidade volte a aumentar devido a ação de um sistema convectivo sobre o Atlântico. “Mas, ainda assim, o calor continua. Somente no domingo, quando pode haver uma chuvinha, é possível que dê uma refrescada”, conta. Chuvas. A partir de meados da semana que vem, a previsão do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) aponta que o sol vai continuar, mas, devido à variação de nuvens, com possibilidades de pancadas de chuva fortes e isoladas na região. Para a climatologista Wanda Prata, a indicação é a de que o mês de fevereiro terá volume pluviométrico superior ao registrado no ano passado, que atingiu 421 mm de precipitação. “Então é bom nos prepararmos, pois, janeiro passado registrou menos volume de chuva que janeiro de 2008: 437 contra 576 mm e, mesmo assim causou estragos muito grandes”, explica a climatologista, destacando que esse ano as chuvas foram mais rápidas e fortes. Ainda segundo ela, a tendência é a de que as consequências das precipitações sejam mais devastadoras a casa ano, devido, principalmente, aos efeitos do aquecimento global. “Desde 2004, as chuvas anuais aumentaram em mais de 500 mm, pulando para mais de 2.000 mm por ano”, finaliza.