Tapa-buracos para revitalização não cessa as queixas na Filomena
A previsão é que a recuperação da via se dê até julho deste ano, mas as obras se encontram paralisadas e devem ser retomadas após o período chuvoso
Apesar de serviço paliativo realizado no fim do ano passado, motoristas ainda reclamam das más condições da via (Foto/Jairo Chagas)
Anunciadas com pompas no ano passado, obras de recuperação da rodovia AMG-2595, mais conhecida como avenida Filomena Cartafina, em Uberaba, iniciadas no final de 2022, não se fazem perceber por quem trafega por aquela via, que liga a área urbana ao Distrito Industrial 3. Esse distrito abriga o maior polo de fertilizantes fosfatados da América Latina, entre outras plantas industriais.
De acordo com informações do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), os trabalhos foram iniciados nos pontos mais críticos da via para melhorar as condições de tráfego antes da intensificação do período chuvoso. Porém, com as chuvas intensas dos últimos meses, são muitas as reclamações que chegam ao Jornal da Manhã sobre as condições de tráfego na rodovia.
Até a chegada do período chuvoso, segundo o DER-MG, foram executados serviços de fresagem, tapa-buraco, reciclagem da base e aplicação de capa asfáltica. A estimativa era recuperar seis dos 28 quilômetros do trecho até o fim do ano.
Os recursos do custeio da obra giram em torno de R$50 milhões e integram o Provias, pacote de obras rodoviárias de Minas Gerais.
No fim do ano passado, em entrevista ao JM, o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Scharlack Marcato, já previa a paralisação da obra durante o período de chuvas, para depois entrar na fase do recapeamento propriamente dito.
“As chuvas começam e a gente não consegue fazer a grande intervenção. Assim que a chuva passar, entra com a aplicação da nova capa de asfalto em todo o trecho. Até julho, vamos concluir essa obra de recapeamento integralmente na rodovia e na estrada da cana”, acrescentou.
O serviço é realizado em três etapas, a começar com o tapa-buraco e remendos profundos, dependendo do caso, além do reperfilamento ou fresagem (colocação de uma nova camada de asfalto para nivelar e corrigir) do pavimento, o que teria sido realizado no ano passado.
Em seguida, é aplicada uma camada de revestimento asfáltico. O revestimento asfáltico é a camada superior destinada a resistir diretamente às ações do tráfego e transmiti-las de forma atenuada às camadas inferiores, impermeabilizando o pavimento, além de melhorar as condições de rolamento.
A obra é finalizada com a pintura da sinalização horizontal, implantação de tachas refletivas no eixo e bordos, além da revisão da sinalização vertical, com colocação de novas placas, e o reestabelecimento dos dispositivos de drenagem.