Evento precisou ser cancelado
Aluna precisou ser atendida pelo SAMU (Foto/Organização)
Espetáculo de dança precisou ser cancelado neste fim de semana no Centro Cultural SesiMinas José Maria Barra, devido ao não funcionamento de ar-condicionado. Há uma semana, pais e responsáveis reivindicaram o reparo do item, no entanto, a situação permaneceu a mesma. Nas redes sociais, a organizadora do evento, Nathália Luz, denunciou o fato. Conforme denúncia ao Jornal da Manhã, artistas teriam sentido mal-estar durante os ensaios nesta quinta-feira (30), devido à alta temperatura do ambiente.
Neste fim de semana, o local seria palco de um evento de dança infantil, com ingressos esgotados, sendo 534 pessoas no público por dia. No entanto, a organizadora afirma ao Jornal da Manhã que, devido a reação das bailarinas ao calor o evento poderia ser cancelado. O que se concretizou na noite de sexta.
“Eles não me deram uma posição até agora [sobre o ressarcimento]. Partiu deles mesmo ser cancelado. De toda forma, eu já cancelaria, porque sete bailarinas passaram mal num período de 20 minutos e a última desmaiou. E foi super negligenciado, o supervisor gritou com as alunas, todo mundo foi questionar ele. Ele falou que não estava nem aí com a menina no palco desmaiando e que era para cancelar o evento. Fomos muito maltratados", afirma Nathália.
A organizadora pontua que entrou em contato com a gerência do local tanto em Uberaba quanto em Belo Horizonte, no entanto, nada foi feito. Devido ao mal-estar das alunas, foi efetuado um boletim de ocorrência, onde a organizadora relatou a situação da ventilação no local. Porém, ela afirma que a gerência do local negou a situação.
“A gerente já nem atende mais. Isso aqui é pago, muito bem pago. O palco está super irregular e a gente ia dançar o Lago do Cisne. O Corpo de Bombeiro foi até lá fazer uma vistoria, passou várias irregularidades e também parece que algumas documentações deles já venceu também. Então, aqui tem muita coisa irregular”, aponta Natália.
“Eles me devolverem o dinheiro, é o de menos. O dinheiro investido num evento inteiro, todos os profissionais que eu trouxe, que já estavam pagos, eu cancelei com eles, eles já estavam aqui, mas eles não têm que me devolver dinheiro. E todo o trabalho de um ano que foi desenvolvido, esses últimos meses de agosto para cá, os ensaios, a dedicação dos alunos, o dinheiro dos pais, a expectativa das crianças, nós estávamos com tudo pronto”, relata Luz.
Ainda, o JM recebeu reclamações de espectador que visitou o local no mês de outubro e de novembro para dois espetáculos. Conforme denunciante, o local já estava com os sistemas de ventilação estragados. “Fui assistir um espetáculo no dia 28 de outubro e já estava estragado, as pessoas saíram todas suadas. Em novembro, fomos novamente assistir um show de stand up e até o comediante reclamou do calor, mesmo com os climatizadores. A plateia estava lotada, então, ficamos com calor da mesma forma”, explica.
A reportagem do Jornal da Manhã entrou em contato com a administração do local na sexta-feira (1). Segundo a assessoria de imprensa da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), ainda não foi possível resolver completamente a questão da climatização no teatro.
“O SESI entende e lamenta profundamente pelos transtornos causados. Apesar dos esforços, ainda não foi possível resolver completamente a questão da climatização no teatro Uberaba. Foram tomadas medidas imediatas, incluindo a contratação e aquisição de novos equipamentos e estamos trabalhando para resolver essa situação o mais rápido possível. Durante o ensaio de ontem foi oferecido suporte médico e o SAMU, embora tenhamos sido informados de que não era necessário. Pedimos desculpas novamente e agradecemos pela compreensão enquanto buscamos uma solução”, afirma nota.