MOMENTOS DE TERROR

Terremoto atinge região onde está comitiva uberabense do Geoparque

O terremoto ocorreu a 71km a sudoeste de Marrakech, a uma profundidade de 18,5km, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos

Tito Teixeira
Publicado em 09/09/2023 às 13:17Atualizado em 09/09/2023 às 17:53
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Conforme informações do governo marroquino, na noite de sexta-feira as províncias e municípios de Al Hauz, Marrakech, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant registraram centenas de vítimas (Foto/Addelhak Balhaki/Reuters)

Um terremoto de magnitude 6,8 atingiu o centro de Marrocos na sexta-feira (8) à noite, com epicentro próximo à cidade turística de Marrakech, e deixou ao menos 820 mortos e 672 feridos. As informações foram divulgadas pelo Ministério do Interior.

O terremoto ocorreu a 71 km a sudoeste de Marrakech, a uma profundidade de 18,5 km, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Este foi o terremoto mais forte a atingir a região nos últimos 100 anos, pelo menos, estima o USGS.

Uma comitiva do Aspirante Geoparque Uberaba está no Marrocos onde participou da 10ª Conferência de Geoparques Mundial da Unesco e também acompanhou a reunião do Council que analisa os candidatos desse ano.

Os membros da delegação uberabense estavam no hotel, no momento em que ocorreu o terremoto. De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Rui Ramos, que está no Marrocos, todos deixaram o local onde estavam e passaram à noite na rua.

O secretário sofreu um pequeno corte no pé. Segundo ele, nada grave. Os outros integrantes da delegação nada sofreram.

O evento sobre Geoparques, que teria o encerramento no sábado (9), foi cancelado. Na programação constava uma visita a um Geoparque local. O retorno da delegação uberabense, inicialmente previsto para o dia 12, poderia ser antecipado. A dependência estava na capacidade de oferta de voos pelas companhias aéreas.

Os membros da delegação uberabense estavam no hotel, no momento em que ocorreu o terremoto. (Foto/Reprodução)

Em conversa com a reportagem do Jornal da Manhã, Ramos disse que o dia seguinte ao terremoto havia a presença de muitas ambulâncias nas ruas e os pedidos do governo local para doação de sangue. Além da presença de muitos turistas no aeroporto, na tentativa de antecipar o retorno aos seus locais de origem.

Conforme informações do governo marroquino, na noite de sexta-feira as províncias e municípios de Al Hauz, Marrakech, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant registraram centenas de vítimas.

O tremor danificou desde aldeias nas montanhas do Atlas até a cidade histórica de Marrakech.

O epicentro do sismo ocorreu no alto das montanhas do Atlas, 70 km ao sul de Marrakech, onde se concentra o maior número de mortos. A região também fica perto de Toubkal, o pico mais alto do Norte da África, e de Oukaimeden, uma popular estação de esqui marroquina.

Marrocos frequentemente experimenta terremotos em sua região norte devido à sua localização entre as placas africana e euroasiática. Em 2004, pelo menos 628 pessoas morreram e 926 ficaram feridas quando um terremoto sacudiu Alhucemas, no nordeste do país.

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