O Galpão é referência no Brasil quando se fala de teatro. Há 27 anos na estrada, o grupo tem uma história ininterrupta de dedicação à arte. Ontem, na praça da Abadia, eles mostraram a que vieram. Diretor da peça “Till – A Saga de um Herói Torto”, Júlio César Maciel explica que a intenção da equipe é a popularização do teatro.
O grupo é formado por 13 atores, que eventualmente se tornam diretores das peças. No caso do Júlio, que tem 19 anos de Galpão, é a primeira vez. Segundo ele, todos os atores têm uma história longa com o grupo. O mais recente já tem 10 anos de jornada com o Galpão.
A passagem por Uberaba marca a turnê pelas cidades do interior de Minas, trazendo a característica do teatro de rua, que faz parte da história do Galpão. Como diz Júli “Sempre preservamos a popularização do teatro, que é levá-lo a qualquer tipo de público”. De acordo com ele, há 12 anos eles não se apresentavam fora dos palcos e voltaram com a peça que apresenta com humor a vida de um anti-herói que é abandonado pela mãe e, em troca da vida, ele entrega a consciência para o diabo. “Ele passa a peça inteira tentando resgatar essa consciência”, diz. Para ele, a definição do grupo é “a força de um coletivo extremamente heterogêneo que luta por um teatro popular”.
História. Desenvolvendo um teatro de pesquisa, o Galpão se constitui como um grupo de atores que convida diferentes diretores para suas montagens. Sua linguagem de trabalho é resultado dessa série de encontros com diretores como Fernando Linares, Paulinho Polika, Eid Ribeiro, Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Ulisses Cruz, Paulo de Moraes e tantos outros. É um dos grupos que mais circulam pelo país, conseguindo chegar a todas as regiões do Norte até o Sul do Brasil, além de ter se apresentado em 17 países da Europa, EUA, Canadá e América Latina.