Uberaba terá sala especial para oitiva de crianças vítimas de violência sexual

O 5º Departamento de Polícia Civil de Uberaba prepara a instalação de uma sala de oitiva para menores vítimas de violência sexual. O Delegado Chefe da Polícia Civil, Felipe Colombari, durante entrevista ao JM News 1ª Edição, da Rádio JM, informou que trabalha em busca de recursos financeiros para garantir a implementação do novo serviço. O atendimento será para crianças até sete anos, prioritariamente.

De acordo com o delegado, em outro momento, Uberaba teve a oportunidade de contar com este serviço, mas por conta da falta de estrutura do prédio que abriga a delegacia de Proteção à Família não foi possível a liberação do recurso para implantação da sala especial.

“O que acontece agora, por meio da Polícia Civil, em parceria com o Poder Público Municipal, é uma adequação do prédio atual para que haja possibilidade de instalação, ainda este ano, desta sala de oitiva para menores vítimas de violência sexual. Os recursos podem vir via Ministério Público ou Emenda Parlamentar”, explicou Colombari.

Ainda segundo o delegado, pelo menos 70 dessas salas devem ser implantadas em todo o Estado até o fim do ano. Em Uberaba, conforme Colombari, a Polícia Civil trabalha para que a sala esteja estruturada até setembro, para receber todo o equipamento destinado ao funcionamento do espaço para atender aos menores.

“Tecnicamente, essa sala funciona como uma medida de antecipação de prova judicial. É uma sala estruturada para gravação de áudio e vídeo. Conta com a participação de pessoas especializadas em conversar com essas vítimas. Todo o material será analisado e avaliado se haverá necessidade de promover essa conversa novamente na esfera judicial. Todas as cautelas serão tomadas e todos os procedimentos que os casos exigirem. E, importante, vai preservar as vítimas seja de violência sexual, ou qualquer outro tipo de violência”, disse Colombari, sobre o funcionamento da sala de oitivas para menores.

O delegado lembrou que o dispositivo já funciona em Araxá, com todos os protocolos próprios estabelecidos para cada caso. “E o objetivo principal é cumprido, de preservar as vítimas de violência. A coleta dos depoimentos é feita com acompanhamento de profissionais habilitados em psicologia, assistência social, com treinamento próprio”, destacou Colombari.