UFTM vai receber R$ 2,2 milhões em recomposição orçamentária do MEC

A Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) será uma das instituições beneficiadas com a recomposição orçamentária anunciada pelo Ministério da Educação (MEC). O valor estimado é de R$ 2,2 milhões, sendo 80% destinado a despesas de custeio da universidade e o restante voltado à assistência estudantil. O repasse deve começar nesta semana, conforme anúncio feito pelo Governo Federal, mas ainda não será suficiente para sanar o déficit orçamentário, informação dada pela própria universidade ao Jornal da Manhã. 

Segundo a UFTM, os recursos serão essenciais para garantir o funcionamento da universidade em 2025, permitindo a continuidade de contratos fundamentais, como limpeza, segurança, energia elétrica, água, internet e portaria. A instituição reforça que essa verba não configura um reforço orçamentário, mas sim a recomposição dos cortes realizados entre a Proposta de Lei Orçamentária (PLOA) e o processo de aprovação da Lei Orçamentária deste ano pelo Congresso Nacional. 

No dia 27 de maio, reitores e reitoras das universidades e institutos federais se reuniram no Palácio do Planalto com representantes do Governo, quando foi anunciado um aporte de R$ 400 milhões para recompor os cortes orçamentários, confirmando o compromisso feito pelo ministro Camilo Santana, em fevereiro. Os valores retidos pelo contingenciamento determinado pelo Decreto nº 12.448, de 30 de abril de 2025, serão integralmente repostos às Instituições Federais de Ensino Superior (IFEs) ainda nesta semana, conforme informado em reunião.  

“Não se trata de um reforço, mas sim da recomposição dos cortes que ocorreram durante a aprovação do LOA 25 no Congresso Nacional no início deste ano. Portanto, essa medida já era esperada e representa um passo fundamental para garantir o planejamento orçamentário deste ano, tendo em vista que toda a programação foi realizada com base no PLOA encaminhado ao Congresso”, destaca a nota da instituição. 

A UFTM estima receber R$ 2,2 milhões com a recomposição orçamentária, sendo que 80% desse montante será destinado a despesas de custeio e o restante à assistência estudantil. Apesar do alívio temporário, a instituição ressalta que os valores não serão suficientes para cobrir todas as suas necessidades, especialmente no que diz respeito a investimentos em infraestrutura, uma das principais demandas atuais.  

“Como demonstrado pelo próprio Ministro da Educação em sua apresentação, as instituições ainda enfrentam um déficit orçamentário histórico em comparação com os níveis de 2014. Por isso, é urgente avançar em uma suplementação ainda maior no orçamento discricionário das IFEs em 2025”, ressalta a Universidade. 

Ainda conforme nota de esclarecimento, a limitação financeira afeta diretamente a assistência estudantil, reduzindo recursos para políticas de permanência e combate à evasão, bem como restringindo a ampliação do número e do valor das bolsas essenciais para a formação de profissionais qualificados. “É importante ressaltar que, desde 2014, o orçamento da UFTM não acompanhou a inflação nem o aumento dos serviços oferecidos, o que dificulta investimentos em expansão, novos cursos e modernização do parque tecnológico”, finalizou a instituição.