Com riscos no abastecimento de água devido à seca prolongada, a Codau iniciou nesta terça-feira (8) etapa de vistorias nas bacias hidrográficas responsáveis pelo abastecimento de Uberaba e realizou visitas às propriedades rurais situadas na bacia do rio Claro, detentoras da outorga para captação de água no manancial.
As vistorias deverão permanecer até o final da seca deste ano. De acordo com o presidente da autarquia, Rui Ramos, a vazão do rio Claro está comprometida e é preciso assegurar a retomada da capacidade operacional do sistema de transposição do rio Claro para atender ao abastecimento da cidade.
“No final de semana, chegamos a uma situação muito crítica. Com a intensificação da seca e as altas temperaturas, a vazão do rio Claro entrou em declínio. A solução que a Codau busca é do diálogo com os produtores rurais, para que diminuam as irrigações permitindo uma melhora no volume remanescente do rio Claro e assim possamos voltar a bombear mais água para o rio Uberaba”, ressaltou o dirigente da companhia.
Ramos posicionou que os produtores serão informados sobre a prioridade da Codau na retirada de água do rio para o abastecimento público. “A lei prioriza o abastecimento público e estamos em busca deste equilíbrio agora”, ressaltou.
A outorga é coletiva e dela também participam os produtores rurais ligados à Associação dos Usuários das Águas da Bacia do Rio Claro (Auarc).
Conforme portaria publicada no fim do ano passado, todos os autorizados deverão diminuir o volume das captações na hipótese de a vazão atingir níveis insuficientes para garantir, simultaneamente, as captações outorgadas, bem como fluxo residual, nos períodos de estiagem. Nesta situação, a prioridade de retirada da água será dada para a Codau.
O sistema de transposição de bacia hidrográfica do rio Claro existe desde 2003 e neste ano o abastecimento de Uberaba é dependente dele em mais de 50%.