ARTICULISTAS

Coisas que agradam ao espírito

Vera Lúcia Dias
veludi@terra.com.br
Publicado em 26/09/2011 às 22:37Atualizado em 19/12/2022 às 22:08
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Tenho aprendido em meus estudos logosóficos que a vida tem que ir além da simples luta pela satisfação das necessidades materiais e que uma maneira de se fazer isso é estarmos permanentemente buscando fazer coisas que agradem ao nosso espírito.

Com base nessa visão percebo que nesse ano cujo fim se avizinha, apesar de ter trabalhado muito, vivi experiências inesquecíveis em viagens que há muito planejava fazer e que fortaleceram o velho e o novo da minha vida.

A “velha” professora de Estudos Sociais extasiou-se com as montanhas de Minas num passeio de trem entre Belo Horizonte e Vitória e a sensação tão bem descrita por Amir Klink de estar entre o céu e o mar num cruzeiro.

Conhecer a Cordilheira dos Andes, tocar a neve com curiosidade de criança, ver o Rio Mapocho em Santiago, participar das Festas-Pátrias no Chile agora em setembro e pisar as areias do Oceano Pacífico, para quem nasceu à beira do Atlântico, plenificam os olhos de qualquer espírito...

Ver a História no Museu Pré-Colombiano, o Mercado Central, a Estação Mapocho, a Praça das Armas e a Catedral de Santiago, tudo isso mesclado com uma moderna arquitetura e urbanização, levou-me a refletir muito em como o homem vem ocupando o espaço através dos tempos e a relembrar as milhares de aulas de Geografia ministradas ao longo de minha vida.

A “nova” escritora chegou às lágrimas durante visita guiada à Academia Brasileira de Letras (incluída na viagem ao Rio de Janeiro para conhecer a Bienal do Livro) e uma peça teatral contando a vida de Zé Queti.

Pensei que não poderia viver emoção maior do que ver a “casa” dos famosos escritores brasileiros, mas conhecer um pouco da história e uma das moradas Pablo Neruda – a casa Sebastiana por ele batizada em Valparaíso - recordou-me o quanto somos todos cidadãos do mundo e que, para algumas coisas, estar em um ou outro país não faz diferença!

Ainda aqui do Chile, onde escrevo esse artigo, bendigo o trabalho no SAMU que, se não me permitiu tirar trinta dias corridos de férias como os demais mortais, obrigou-me a muito bem aproveitar as pequenas semanas em que fracionei meu merecido descanso das exigentes urgências de saúde em nossa cidade, para garantir minha saúde mental e espiritual e poder dizer como Neruda no título de um dos seus inúmeros livros: Confesso que vivi!

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