ARTICULISTAS

Coisas que me fazem refletir

Dia meio sem inspiração para escolher um tema dentre tantos do cotidiano

Vera Lúcia Dias
veludi@terra.com.br
Publicado em 19/09/2014 às 20:48Atualizado em 17/12/2022 às 03:37
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Dia meio sem inspiração para escolher um tema dentre tantos do cotidiano.

Entre o encantamento causado pelo canto dos pássaros em meu jardim nesta bela manhã de quinta-feira e a experiência vivida em São Paulo na manhã de terça, fico com a segunda opção de maior interesse jornalístico.

Subindo do litoral deparei-me com um engarrafamento além do normal para o horário e região. Motivo? O tumulto causado pela reintegração de posse de um prédio ocupado pelos Sem-Teto na confluência da Avenida São João com a Ipiranga (aquela esquina da música de Caetano...) e que, por efeito cascata, estrangulou o trânsito na Avenida do Estado, próximo ao Mercadão Municipal.

Estou vivendo uma época de minha vida em que os fatos do presente sempre me remontam aos do passado e, de acordo com essa lógica, recordei-me das inúmeras reuniões em que participei enquanto coordenadora-geral do Samu de Uberaba para planejamento de ações desta natureza em fazendas de nossa região.

Vocês leitores, que assim como eu, só conhecem do assunto por notícias da imprensa, não têm noção de como uma reintegração de posse é preparada.

Para começar, embora no momento do confronto só apareça nas notícias a Polícia Militar, o planejamento exige presença de juízes, promotores, advogados das duas partes, comandante da PM, Corpo de Bombeiros, Samu, garantia de disponibilidade de socorro de urgência e emergência, rota de escoamento rápido, transporte para os que estão sendo desalojados e seus pertences, dentre outras exigências.

Pelo menos das que participei por aqui, não foram ações irresponsáveis onde a PM sai com ordem para agredir. Muito pelo contrário, percebi que todo o esforço era para que não acontecessem confrontos e, graças a Deus, elas foram pacíficas.

Ocupações indevidas sempre me fazem pensar em muitos lados desta questão. Não sei o que é a experiência de não ter uma casa para viver e isso empobrece meu raciocínio apesar de imaginar que deva ser terrível, mas imagino o que é você ter um bem invadido por pessoas que se julgam no direito de ocupá-lo porque está ocioso.

Pensamento burguês? Não sei! Só sei que algumas ocupações abrigam participação de pessoas que não usam o espaço ocupado (seja de teto ou terras) para sua moradia e uso próprios. Comercializam, cedem, tumultuam, incitam... Abrigam-se na cor vermelha. PeTralham.

Que me perdoem os apaixonados, mas ultimamente ando desconfiando de tudo que tenha ranço, ligação, que tenha sido, ou esteja sendo defendido pela turma do Pode Tudo, inclusive coisa nunca vista na história desta cidade: Fechar, literalmente, um quarteirão inteiro da Avenida Leopoldino de Oliveira, sentido bairro, por aproximadamente vinte e quatro horas, para inaugurar um comitê eleitoral...

Isso é que é Poder!

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