ALTERNATIVA

A Heineken só pode ser nossa, diz ex-secretário

Lídia Prata
Lídia Prata
lidiaprata@jmonline.com.br
Publicado em 01/03/2022 às 18:31Atualizado em 18/12/2022 às 18:27
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A HEINEKEN SÓ PODE SER NOSSA

Deixando de lado o bairrismo e a torcida natural de todo uberabense, o ex-secretário municipal de Desenvolvimento Econômico José Renato Gomes avalia que Uberaba tem tudo para conquistar a fábrica da Heineken. Leva vantagem sobre todas as outras cidades mineiras, em todos os quesitos. Pra começar, ele cita o licenciamento ambiental, que Uberaba consegue liberar com mais rapidez do que qualquer outro município, porque é feito aqui. Quem não se lembra dos 30 e poucos dias que a Prefeitura gastou para liberar o licenciamento ambiental da Cervejaria Petrópolis, há três anos? Foi considerado um recorde, na época. Outros municípios mineiros dependem do Estado para esse licenciamento, o que demora muito mais.

Paralelamente, Uberaba tem uma lei de incentivos fiscais que é modelo no Estado. E ainda conta com a fábrica de latas, a Crown, já em fase final de construção para início das operações. Tudo isso conta a favor de Uberaba.

MATÉRIA-PRIMA DE QUALIDADE

José Renato cita, ainda, o aquífero Guarany como um dos trunfos de Uberaba. Ele foi decisivo para consolidar o investimento da cervejaria Petrópolis na época. Já as outras cidades que disputam a fábrica da Heineken, como Juiz de Fora e Poços de Caldas, por exemplo, só têm a oferecer a mesma água tratada que fornecem à população. Em tempos de escassez hídrica, isso significa que a fábrica poderá sofrer com racionamento de água. Aqui esse problema não existe. Basta a Heineken perfurar um poço profundo, como fez a Petrópolis.

POUCO ESPAÇO

José Renato ainda pondera que Juiz de Fora, por exemplo, embora esteja mais próxima de grandes centros consumidores de cerveja como o Rio de Janeiro, padece com a escassez de áreas para instalações industriais, o que não ocorre em Uberaba. Vale destacar que a Heineken quer 1,5 milhão de metros quadrados para construir sua fábrica em Minas.

DIA D

Embora o governador do Estado não tenha o poder de influenciar a decisão da empresa quanto ao local para sua instalação, José Renato acredita que Romeu Zema não queimaria “seu filme” dizendo que sua torcida é por Uberaba se já não tivesse alguma sinalização da Heineken nesse sentido, Afinal, ao demonstrar sua preferência, o governador desagradou outros 852 municípios mineiros para agradar apenas um. Politicamente não foi um bom negócio para Zema.

Por outro lado, quem sabe o anúncio da opção da Heineken por Uberaba venha amanhã, dia 2 de março, aniversário da cidade?

POSSE IEATM

Está marcada para o dia 11 de março a solenidade de posse da diretoria eleita do Instituto de Engenharia e Arquitetura do Triângulo Mineiro. Na oportunidade, a arquiteta Alê Roso assumirá a presidência da entidade, sucedendo ao engenheiro e empresário Gilberto Machado Barata.

TRANSPARÊNCIA JÁ

“Quero deixar claro que da mesma forma que no dia 29 de março do ano passado eu autorizei a entrada dos vereadores, quando houve uma denúncia sobre vacinas vencidas, eu fiz o mesmo na quinta-feira. E o farei quantas vezes forem necessárias. Não tenho medo do erro e nas duas ocasiões ficou provado que não havia nada de errado. Estou servidor público por 4 anos e entrei nessa para ser o que eu sou. Para ser mais do mesmo eu nem cogitaria participar” — explicou o vice-prefeito Moacyr Lopes, sobre a autorização dada por ele aos vereadores Celso Neto e Cabo Diego Fabiano para entrarem no almoxarifado da Prefeitura para fiscalizar a entrega de uniformes escolares com denunciadas irregularidades. O fato ocorreu na quinta-feira passada, contrariando dispositivo de decreto municipal que obriga a marcação de data e horário para visita a repartições públicas por quem que seja, inclusive vereadores. Moacyr, no entanto, liberou o acesso dos dois parlamentares. Pelo sim, pelo não, tudo isso poderia ter sido evitado com diálogo entre vereadores e Executivo. Ninguém sairia desgastado do episódio.

ESTÁ VALENDO

Por falar no episódio envolvendo o acesso dos vereadores Celso Neto e Cabo Diego Fabiano ao almoxarifado da Prefeitura, o vereador Túlio Micheli acredita que os colegas deveriam ter cumprido o decreto municipal e agendado a visita. “Na minha visão, o decreto poderia ter sido respeitado. Bastava apenas informar a data e o interesse em realizar a fiscalização. O decreto não obriga os vereadores a dizerem o que vão fiscalizar”.

Pois é. Decreto é decreto e tem força de lei, até prova em contrário. Fosse diferente o entendimento, ninguém estaria obrigado a cumprir os decretos que disciplinaram o enfrentamento da pandemia em Uberaba.

PODE ISSO?

Palmeiras imperiais há anos plantadas na calçada em frente ao Parque Fernando Costa estão sendo retiradas de lá, com destino ignorado. Que tristeza! Em vez de vermos a cidade preservar o pouco de verde que ainda lhe resta, a todo instante se tem notícia da retirada ou supressão de plantas saudáveis. Até quando?

OLHA O PANELÃO AÍ, GENTE!

Denúncia é do amigo José Sidney Silva: o asfalto do corredor do BRT na avenida Leopoldino de Oliveira precisa passar por uma perícia técnica em toda a sua extensão. Os remendos não estão sendo suficientes e os panelões já voltaram a tomar conta da pista exclusiva dos ônibus.

TRANSPARÊNCIA

“Da mesma forma que no dia 29 de março de 2021 eu autorizei a entrada dos vereadores na Central de Vacinas, quando houve denúncia de doses vencidas, eu o fiz na quinta-feira e o farei quantas vezes forem necessárias. Não tenho medo do erro. Nas duas ocasiões, porém, não havia nada de errado. Estou servidor público por 4 anos e entrei nessa para ser o que sou. Para ser mais do mesmo eu não cogitaria participar”. Explicação é do vice-prefeito Moacyr Lopes, ao saber que a prefeita Elisa não gostou nadinha da atitude dele ao autorizar o acesso dos vereadores Celso Neto e cabo Diego Fabiano no almoxarifado da PMU para apurarem denúncia de irregularidades nos uniformes escolares encomendados pela Secretaria de Educação.

DECRETO PARA TODOS

Já o vereador Túlio Micheli reprovou a atitude dos colegas Celso Neto e Diego Fabiano, por descumprirem o decreto municipal que obriga todo e qualquer cidadão - inclusive vereadores - a marcar data e hora para visita às repartições públicas. Ninguém entra na casa alheia sem avisar. Por outro lado, Túlio defende que todo decreto é editado para ser cumprido, seja para disciplinar o acesso a órgãos do município ou para enfrentamento da pandemia. A força de lei do decreto é a mesma, independente do seu objeto. Além disso, Túlio pondera que o decreto não exige que seja informado o motivo da “visita”. Poderia ter sido evitada toda essa celeuma, segundo o vereador.

PEGANDO CARONA

O assunto tem dominado as redes sociais desde o final de semana. O deputado federal Franco Cartafina, em grupos de whatsapp, tem defendido a atitude dos vereadores Celso Neto e Diego Fabiano. No grupo “Política 2022”, por exemplo, ele assim se manifestou: “Eu gostaria de ir lá onde os competentes vereadores Diego e Celso foram, aleatoriamente. Afinal, temos um castramóvel parado lá desde dezembro de 2020, inutilizado. Fruto de recurso que consegui no governo federal enquanto ainda estava na vereança. Será que tenho de avisar?” Chiiiiii… 

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