ALTERNATIVA

A toque de caixa não dá

Foi o que disse o vereador Borjão ao prefeito sobre projetos que são votados de última hora

Lídia Prata
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 13:10
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Vereador Marcelo Machado Borges – “Borjão” – teria dito ontem, pessoalmente, ao prefeito Anderson Adauto, do seu partido, o PMDB, que não mais vai votar projetos do Executivo encaminhados de última hora, como tem ocorrido. A toque de caixa não dá, acredita o parlamentar.   Esclarecimento. O governo do Estado, através da Superintendência de Imprensa, posiciona-se acerca de nota da coluna publicada sábado passado sobre as constantes vindas do vice-governador Antônio Anastasia à região em pequenos intervalos de tempo. Explicam que ele cumpre agenda administrativa em suas viagens pelo interior mineiro, muitas vezes representando o governador Aécio Neves, o que inclui inauguração de obras e equipamentos, acompanhamento de programas e ações estaduais que lhe cabem no exercício do cargo, além de ministrar aulas magnas em universidades e faculdades mineiras a convite dessas instituições. Ressaltam, ainda, que “em função dos investimentos do Governo de Minas em todo o Estado, a demanda pela presença do vice-governador nessas diversas atividades é muito intensa, não sendo possível comparecer a todos os eventos”.   Comentário. A nota publicada na coluna Alternativa não fez críticas ao vice-governador. Compreendemos que ele tem compromissos oficiais, especialmente de representação do governador Aécio Neves. Todavia, lamentamos que as visitas não sejam melhor aproveitadas, concentrando a programação de eventos numa mesma data. Além de mais econômico para os cofres públicos, o próprio vice-governador seria poupado de deslocamentos seguidos.   Arbitrariedade. A “Sempre Editora”, que publica os jornais O TEMPO, Super Notícia, Pampulha, O Tempo Contagem e O Tempo Betim, denunciou à Associação Nacional de Jornais (ANJ) a prisão, em Betim, esta semana, do repórter-fotográfico Nelson Batista, quando fazia trabalho de reportagem para o jornal O Tempo Betim. Nelson Batista foi preso por agente da Polícia Civil, dentro do prédio do IML de Betim, fotografando corpos em decomposição. A justificativa foi invasão a prédio público. A pauta surgiu a partir de denúncia dando conta da existência de sete corpos em estado de decomposição no local. A causa seriam geladeiras danificadas, além de capacidade insuficiente para atender à demanda. A denúncia foi negada sem esclarecer a causa do mau cheiro. No entanto, foi confirmada in loco pela reportagem. A Sempre Editora considera a prisão um ato arbitrário e injustificável, bem como a apreensão dos equipamentos visando a impedir a apuração de fatos de interesse público. Aos colegas, a nossa solidariedade irrestrita.   Setorização. Leitora Lilia Rabelo, através de e-mail, conta que foi quinta-feira ao Pronto-Atendimento da avenida Orlando Rodrigues da Cunha. “Ao lado tem um posto para clínica geral”, diz ela, onde chegou às 10h30, fez o cartão e aguardou, pois era a segunda paciente e as consultas somente começariam a ser marcadas ao meio-dia. Ainda de acordo com a leitora, quando foi fazer a ficha, a atendente alegou que eu não poderia consultar, pois o médico só atenderia pessoas do setor dos Olhos D’Água. “Faça-me o favor. Então, agora o médico só atende se o paciente for do setor? Achei o cúmulo do absurdo e acabei desabafando. Só quando já estava quase em casa me lembrei que deveria ter chamado a polícia e a imprensa”, relata. A paciente faz uma observação interessante. Questiona o que o médico vai fazer se não tiver nenhum paciente do tal setor. “Assinar o ponto, ganhar o dia e ir embora? Fiquei indignada. Sou uma cidadã que pago meus impostos, que por sinal são muito caros, e não pude desfrutar do meu direito”, lamenta.   Animação. Megaestrutura foi montada no Jockey Park para o Rodeio Os Inconsequentes para receber, ate domingo, cerca de cinco mil pessoas por noite, em arquibancadas cobertas e camarotes. Cerca de 400 competidores de diferentes regiões do país estão levantando poeira nas montarias e nas provas funcionais. Um verdadeiro espetáculo de coragem e tradição do mundo sertanejo! No último dia, espaço para a solidariedade. Dois quilos de alimentos não-perecíveis valem um ingresso. A campanha ajudará a Associação de Creches de Uberaba (Crescer) e a Comunidade Nova Jerusalém. Os postos de troca são Exala’s Western e Supermercados Zebu. Quase uma tonelada de alimentos já foi arrecadada.   Mudança. Alteração no horário das sessões da Câmara Municipal para 16h às 20 horas foi tema de reunião dos vereadores esta semana. Alguns dos que estavam reticentes já sinalizam pela aprovação. Servidores estão apreensivos, já que muitos estudam à noite, incentivados pela própria Casa.   Esperto. Quando os desalojados da Vila Ozanan estiveram na Câmara, na quinta-feira, foram recebidos por todo o plenário, mas o presidente Lourival dos Santos chamou para si as glórias. Momentos depois, sugeriu ao grupo que relacionasse as famílias que não têm lugar para ficar para que os vereadores (no plural) tentem conseguir encaixá-las em programas habitacionais, via Cohagra, em caráter de urgência. Ressalte-se que sem consultar os colegas, marcou um encontro com os “sem-teto” na próxima quarta, às 14h, no anexo onde ficam os gabinetes dos parlamentares, e não no Paço, onde fica a presidência. A justificativa, então, foi ótima: ele não vai estar na cidade na hora e data agendadas. Isto é que pode ser chamado de imposição de saia justa ou de bondade com o chapéu alheio. Lourival sabe que as chances de sucesso da intenção demonstrada são praticamente zero, mas não terá que justificar, afinal, não estará presente.   Valeu demais. Eu sei que quando a gente se atreve a opinar é, além de uma tarefa difícil, de exposição extrema, também uma responsabilidade enorme. E escrever em um espaço interinamente faz aumentar ainda mais o cuidado. Nestes últimos dias, foram muitos os e-mails de povo, de gente comum, de personalidades anônimas, do que se pode chamar de verdadeira sociedade, recebidos por mim. Um colunismo – eu penso – sem interação popular não faz sentido. Então, agradeço a cada e-mail, muitos deles extremamente carinhosos, de gente que está pelos diversos bairros construindo esta cidade, pessoas que eu não conheço, cidadãos desinteressados que falam com o coração e demonstram preocupação isenta de avançar sempre, de apontar falhas, sugerir correções, reconhecer benefícios, bem como o papel da imprensa. Este é o verdadeiro termômetro que um jornalista sério quer. Só este... apenas. Agradeço à titular Lídia Prata pela confiança.

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