Por Gê Alves – redatora interina
gealves13@gmail.com Papel social. Irredutível, o prefeito Anderson Adauto pelo menos em duas situações ontem durante reunião com vereadores e representantes dos servidores municipais, culpou a imprensa pela polêmica dos salários. Os empregados não são da imprensa, nem as ‘santas súmulas’ pivô do auê foram criadas por nós. A imprensa cumpre sim, ao questionar situações de interesse coletivo, a sua função social. Tais entendimentos raivosos quando interesses são contrariados são comuns, já fazem parte do dia-a-dia das redações e certamente, não incomodam aos profissionais. É sempre assim ‘a culpa é da imprensa’ aos olhos, normalmente de peixes graúdos. Certamente, não é este o entendimento das ‘minorias’, daqueles que se sentem prejudicadas, daqueles que clamam por dignidade e que recorrem à mídia vendo nela um parceiro. Assim digo, com toda segurança e consciência tranquila: Graças a Deus o jornalismo existe. Não é o dono da razão, mas cumpre questionar, chamar a atenção, defender a sociedade e seus anseios, ser a sua voz e sofrer com ela se for preciso. Sensibilidade. Da minha parte, entendo o prefeito Anderson Adauto e sua interpretaçã ele é o patrão e está embasado nas súmulas. De outro lado compreendo e me solidarizo com os pais e mães de família que vivem de um salário mínimo, que com esta remuneração ajudam a construir a cidade e que, não sem motivo, se desesperam ao se postarem, sem forças, diante de uma perda que para muitos pode ser insignificante, mas que para eles – como seria para milhões de brasileiros minimamente assalariados – faz toda a diferença. Quarenta e cinco Reais por mês - para quem ganha muito ou razoavelmente - são pouco mais de dez cervejas ou alguns litros de gasolina, mas para quem vive do mínimo são garantia de 30 dias com leite aos filhos. É só este meu raciocínio para acreditar na importância da sensibilidade na busca de alternativas por quem tem o poder da caneta. Tempo quente. A imprensa não pôde participar do encontro entre o prefeito, sindicalistas e vereadores ontem à tarde e que ocorreu após reunião pela manhã na sede do sindicato sem representante da Prefeitura. A maioria dos vereadores participou ou foi representado, mas poucos abriram a boca. Os destaques foram Marcelo Borjão, João Gilberto Ripposati e o assessor de Itamar Ribeiro. Questionamentos mais rigorosos vieram de Borjão, companheiro de partido do prefeito, o que chegou a tirar Anderson Adauto do sério. O clima esquentou, os ânimos exaltaram e gritos puderam ser ouvidos. AA insinuou politicagem do parlamentar que revidou argumentando que se fosse politiqueiro iria para a TV e não para uma reunião fechada. Em outro momento de pico, o prefeito pontuou que às vezes é preciso tirar as botinas para fazer acertos. Foi quando Borjão disse que para ser respeitado é preciso respeitar, destacando, inclusive não ter dificuldade em defender ideias do Executivo quando as considera justas. Tomara! Enfim, pouco se avançou. O resultado foi que Anderson pediu até dia 20 – coincidentemente dia do fechamento da folha – para novo posicionamento (que pode ser o anterior ou não). AA analisa a concessão de abono até a data-base em maio para que nenhum servidor da Prefeitura receba até lá menos que o mínimo nacional (R$ 510), não comprometendo assim, os benefícios adquiridos como quinquênios, por exemplo. Que os Anjos digam Amém! Do contrário, prevalecerá constatação do tesoureiro do Sindicato, Ângelo Guilherme: “será a primeira vez na história de Uberaba que servidor municipal receberá salário abaixo do mínimo do país”. Mais um. Que ninguém se surpreenda. Surge mais um pré-candidato à sucessão de Lula. Ele vem do PTdoB. É Mário Oliveira, um engenheiro, advogado, professor universitário, ex-presidente de multinacional e escritor. A pré-candidatura foi lançada dia 23 de novembro. Sua carinha já é estampada nos programas gratuitos do partido em cadeia nacional de TV como ocorreu ontem. Sambódromo. Ribeirão Preto é tema de samba enredo e será destacada no sambódromo paulista pela Águia de Ouro, integrante do grupo especial. O desfile acontece no dia 13 de fevereiro. A escola abre os desfiles do sábado de Carnaval no sambódromo do Anhembi. Cristão. Falando na maior festa popular do país, Uberaba terá carnaval cristão, aberto à participação de todos e dirigido especialmente ao público jovem. A organização é da Renovação Carismática Católica (RCC). O XI CARNAVIRADA, tradicional na Arquidiocese, acontece de 13 a 16 do mês que vem. Melhorou. Com apenas dois dias de atendimento, o SINE da UAI-Uberaba atendeu mais de 120 desempregados que buscavam o seguro-desemprego, cuja documentação já foi encaminhada. A cidade estava mesmo precisando de um serviço assim para atender a população, cujas reclamações eram inúmeras, em virtude da contenção de atendimentos com senhas limitadas. É que o atendimento máximo era de 12 atendimentos/dia, sempre com filas intermináveis. O novo SINE, agora gerido com recursos do Estado funciona na avenida Santa Beatriz das 8 às 17 horas. Vamos pesquisar. Relato de leitorcomprova que vale à pena buscar informações sobre preço de combustível em Uberaba. Ele constatou diferença da ordem de R$ 0,30 por litro. Enquanto a gasolina custa R$ 2,78 em posto nas imediações do Uberaba I encontrou o produto a R$ 2,44 em postos próximos ao Parque Fernando Costa.