
(Foto/Divulgação)
Complexo hídrico do rio Grande pode entrar em operação bem antes do previsto. Foi o que o disse o presidente da Codau, Rui Ramos, em entrevista à Rádio JM nesta segunda-feira. A previsão inicial apontava para 4 anos e meio, ou até 5 anos de obras. Mas, segundo Rui, empreiteiras especializadas nesse tipo de obra, com as quais ele tem conversado, garantem que em dois anos e meio é possível concluir o serviço. Isso se o dinheiro for liberado sem atrasos. Confirmando-se essa previsão otimista, a prefeita Elisa poderá entregar ainda no seu governo a captação de água do Rio Grande, considerada a maior obra hídrica do município nas últimas décadas.
AGORA VAI?
Projeto da construção da barragem da Prainha deve ser liberado pela Caixa para tramitação no Ministério das Cidades nesta quarta-feira. Pelo menos foi esta a informação que o presidente da Codau, Rui Ramos, recebeu da Caixa e anunciou no programa O Pingo do Jota desta segunda-feira. Rui Ramos contou que vem cobrando essa liberação junto à Caixa há algum tempo, mas agora acredita que Papai Noel vai trazer esse presente de Natal para a companhia. Val lembrar que essa obra civil não avançou nos últimos cinco anos. A construtora desistiu do serviço, alegando erros no projeto. Aí começou a novela da revisão do projeto, que se arrastou por anos. Depois de concluída a revisão, assim como a revisão da revisão pela Codau, perceberam que os recursos já não são mais suficientes para executar a obra.
PRÓXIMA ETAPA
Para a construção da Prainha a Codau precisa de outros R$ 25 milhões, para completar os recursos liberados pelo governo federal ainda no governo de Anderson Adauto. Há uma expectativa de conseguir esse complemento junto ao Ministério das Cidades, onde o presidente Rui Ramos esteve no começo do ano, inclusive em companhia do vereador Marcos Jammal. Mas, para isso, o projeto tem de chegar lá. Pois é. Além das orações por chuva, temos de rezar também para que essa obra se viabilize, finalmente.
TUDO JUNTO
Obra da barragem da Prainha e sistema de captação de água no Rio Grande podem ficar prontos ao mesmo tempo, em 2028. Mas, claro, tudo vai depender da liberação dos recursos, um pelo Banco Andino, outro provavelmente pelo governo federal.
AJUDA AÍ, PEDRÃO!
Em que pese ter chovido bem nos últimos dois dias, a água não caiu onde precisava: no Rio Uberaba. Aliás, o presidente Rui ramos mostrou sua preocupação com a queda assustadora no volume de chuvas registrado este ano, contra um histórico de 1.300 mm em média, desde 2002. Esse ano, o volume não passou de 875 milímetros. Se São Pedro não ajudar, acertando o alvo, estaremos em apuros breve breve.
RECORDE
Outro fator preocupante, segundo o presidente da Codau, é o aumento no consumo. Com loteamentos e outros empreendimentos imobiliários pipocando por todo canto em Uberaba, obviamente que o número de consumidores também tem aumentado. Juntando esse fato ao calor que vem fazendo, 2025 já registra recorde histórico de consumo, como em setembro. Aliás, Rui Ramos destaca que em 2024 o plano de contingência hídrica em Uberaba durou 72 dias. Em 2025 esse esquema de abre e fecha reservatórios para manter o nível da água já se arrasta por 107 dias.
LADO B
Se por um lado o fechamento de reservatórios é fundamental para manter o nível de água e garantir o abastecimento, por outro aumenta os problemas para a Codau. A pressão da água, quando a distribuição é retomado, multiplica os vazamentos na rede.
MAIS DOIS
Ano que vem a Codau deve perfurar mais dois poços profundos. Mas não está prevista construção de novos reservatórios.
SEM DESCONTO
Em que pesem os fechamentos de reservatórios, reduzindo o tempo de fornecimento de água à população, a Codau não pretende conceder descontos aos consumidores. De acordo com o presidente, qualquer decisão nesse sentido repercutiria no preço da tarifa futuramente. Rui lembrou, por outro lado, que o consumidor paga apenas pela água que consome e, portanto, ficando sem o líquido na torneira não estaria consumindo.
ESGOTO
O projeto de construção da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) nº 4 está quase pronto. Estima o presidente que deve chegar nos próximos 30 dias, com previsão de entrar em licitação em 2026. A construção dessa nova ETE também está inserida no financiamento pelo CAF. Localizada no Recreio dos Bandeirantes, a nova estação levará cerca de dois anos para ficar pronta.
ALTOS E BAIXOS
Alvo de queixas e críticas da população, a coleta de lixo na cidade continua sendo um problema para a Codau também. Até agora o banco do brasil não encontrou meios de receber separadamente as receitas de água e de coleta de lixo, que vêm numa única conta. Os valores continuam entrando para a Codau, que fica na obrigação de repassar a parte da concessionária do lixo. Mas não é só: além desse transtorno, a Codau recebe um volume expressivo de ligações contendo reclamações de irregularidade e deficiência na coleta de lixo. As oscilações de horário de coleta são alvos constantes das queixas, mas a falta de cuidado no manuseio dos sacos de lixo não fica atrás.
A CAMINHO
Vem aí mais uma JM Magazine, a de nº 90, encerrando 2025 com muito conteúdo interessante. Na capa, a fisioterapeuta Jullyana Ribeiro, nome de destaque na sua área de especialidade, que a fisioterapia dermato-funcional. Semana que vem os exemplares estarão nas bancas!