Sujou de vez - O ex-prefeito Anderson Adauto não conseguiu suspender os efeitos da Lei da Ficha Limpa. O ministro Moura Ribeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou pedido de liminar apresentado visando a segurar os efeitos de sua condenação na Justiça de Minas e assim ficar liberado para candidatar nas eleições deste ano. AA buscava liminar sobre condenação colegiada alegando urgência, haja vista a proximidade da data limite para as convenções partidárias. Anderson está condenado em segunda instância por supressão de documentos relativos a processo seletivo.
Aguarde! - “Somente em situações excepcionais é possível a concessão de efeito suspensivo a recurso especial não admitido pelo tribunal de origem e, mesmo assim, apenas quando demonstrada a probabilidade de êxito do recurso especial, o risco de perecimento de direito ou a teratologia no acórdão impugnado, o que não vislumbro, de plano, neste caso”, pontuou o ministro. Moura Ribeiro informou, ainda, que o Ministério Público Federal já deu parecer contra o provimento do agravo, e isso significa que o direito pleiteado, “ainda que venha a ser reconhecido, não se apresenta de imediato como provável”. Ou seja, AA vai ter que aguardar o encaminhamento normal do rito e os sinais não são bons.
Bom trabalho - A condenação criminal de AA no TJMG decorre de desdobramentos das investigações conduzidas em 2005 pelo promotor José Carlos Fernandes Júnior, que, além da ingressar com ação civil pública contra o então prefeito - e outros -, imputando-os improbidade administrativa por fraudes em processo seletivo de agentes de saúde, também remeteu cópia dos autos ao TJMG para que fossem tomadas as medidas criminais cabíveis. Na época, a Procuradoria de Justiça do Estado ingressou com ação penal contra AA, Rômulo Figueiredo e Lázara Abadia Gomes Ferreira, que foi julgada procedente pelo Tribunal. Paralelamente, a ação de improbidade administrativa proposta por Fernandes Júnior também já foi julgada procedente em 1ª e 2ª instâncias. Os dois processos encontram-se no STJ em razão de recursos interpostos pela defesa dos condenados.
Fumaça - Há dias vagões estão parados sobre os trilhos da Vale no trecho urbano da ferrovia, entre Uberaba e Araxá. A situação gerou suspeitas de pessoas com olhares mais atentos. À imprensa, a assessoria da empresa em Belo Horizonte confirmou a suspensão das atividades, alegando que está efetuando a troca dos vagões por outros mais modernos. Porém, não informou quando irá retomar operações no trecho Uberaba-Araxá. Alegou somente que os trabalhos de manutenção da linha serão mantidos e o transporte sobre trilhos poderá ser retomado após a troca dos vagões, mediante a existência de demanda.
Nossas praças - Teve bastante repercussão nota de ontem sobre a ocupação das praças pela malandragem, ao passo em que a comunidade as deixa vazias. Uma delas vem do coronel PM reformado Sidney Miguel de Almeida Araújo. Ele lembra a resistência para realizar um projeto sonhado por ele desde 1987 e concretizado na Praça do Quartel, quando comandava o 4º Batalhão, embora o projeto não tenha sido executado no todo e ainda desconstruído com o passar do tempo no que havia sido feito (ciclovia). “Ver as pessoas alegres, praticando atividade física, crianças, famílias frequentando a praça que antes era utilizada para outros fins não tem preço! Paguei um alto preço por este sonho, mas valeu a pena. Também sou frequentador daquele espaço”, diz.
Adeus - Ontem não será um dia para lembrar com alegria, apesar de toda fé e crença no Supremo; apesar de saber - e todos nós temos esta certeza - de que a vida humana é um ciclo e ciclos se fecham. Quão lamentável é o passamento da professora, articulista do JM, imortal da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, Terezinha Hueb. Mas como foi importante sua existência entre nós! Que belos exemplos de vida esta mulher forte nos deu! Quanto peso teve - e continuará tendo - para a educação! Que os anjos a recebam louvando a sua chegada. Que os filhos, irmãos, netos, fiquem em paz, mesmo com dor tão doída e perda tão irreparável.
Amor eterno - Lembro-me de um de nossos últimos encontros mais longos, quando ela me disse que não temia e estava preparada para a morte e firme no entendimento de que, quando chegasse o momento, encontraria seu eterno Murilo Pacheco de Menezes (professor e vereador de conduta ilibada que morreu há 14 anos). Se assim mesmo for, não posso imaginar a professora chegando cabisbaixa no outro plano, mas com uma felicidade sem tamanho ao abraço, há anos esperado, do professor. Que seja assim!
Ausente de Uberaba, recebi com enorme tristeza a notícia do falecimento da professora Terezinha Hueb de Menezes, amiga verdadeira, cronista criteriosa, mulher de múltiplas qualidades. Nossa amizade começou há muitos anos, quando Murilo Pacheco de Menezes elegeu-se vereador. A convivência pela política estreitou nossos laços e daí nasceu uma admiração ilimitada por ela. Com o falecimento de Murilo, eu a convidei para assumir o espaço dele no JM e assim ela nos brindou, até o fim, com suas crônicas sensacionais. Terezinha vai fazer falta aos domingos no JM. Mas fará muito mais falta como amiga, conselheira, mãe que nos adotou e nos amou generosamente.
Lídia Prata Ciabotti