Turbilhão de emoções
Nesta semana experimentamos emoções antagônicas, começando com a alegria do sucesso da estreia do premiado Alexandre Garcia no time de comentaristas da Rádio JM e encerrando com a tristeza profunda causada pelo falecimento do nosso querido Padre Prata. Não consigo imaginar as edições de domingo sem as crônicas dele nas páginas do Jornal da Manhã. Sempre foi minha primeira leitura, desde sempre. Aliás, Padre Prata era praticamente um “patrimônio” do JM e esteve conosco desde a fundação deste matutino. Foi a melhor “herança” que recebemos do extinto Correio Católico, ao qual o Jornal da Manhã sucedeu em 1972. E como eram deliciosos seus “causos”! Por vezes me divertia com as histórias de personagens familiares, sempre ironizados com elegância nas crônicas do Padre Prata. Ele podia, podia tudo, porque conhecia os fatos, mas não ultrapassava em hipótese alguma os limites da moral e da ética.
Padre Prata esteve presente em várias fases da minha vida. Foi ele quem me batizou e, mais tarde, celebrou a missa de formatura da minha turma em Jornalismo e meu casamento. Mais tarde, batizou minhas filhas e já se preparava para o primeiro sacramento da minha neta, mesmo dizendo que estava aposentado. Não importava. Só a presença dele e a sua bênção seriam suficientes. Mas não deu tempo.
Assim como nas datas festivas ele era indispensável, nos momentos de perda e dor, Padre Prata tinha sempre a palavra de Deus para consolar e nos fazer renovar a fé cristã. Suas sábias palavras sempre vinham impregnadas de amor, de generosidade, de afeto.
Em todos os aniversários do Jornal da Manhã, era o primeiro a ser convidado e a chegar para dar a bênção e fazer a oração de agradecimento por mais uma etapa vencida na jornada desta empresa. E depois, era o centro das atenções de todos, contando os casos e relembrando episódios marcantes do jornalismo uberabense, da política e até as histórias da família Prata, sempre com muito bom humor e boas risadas na sequência. Ouço ainda a sua risadinha marota enquanto estou aqui escrevendo sobre ele. Como era gostoso ouvi-lo!
De uns anos para cá, suas pernas começaram a fraquejar, mas a memória permanecia intacta. O raciocínio rápido atropelava a escrita e a audição, já comprometidas. Certa vez me disse que ia parar de escrever, porque já se sentia “velho” e cansado. Implorei para ele rever essa decisão, e a duras penas consegui convencê-lo a continuar escrevendo para o Jornal da Manhã, ainda que sem o compromisso de data e horário para entregar suas crônicas. Pois ele atendeu ao pedido e, com a disciplina própria das pessoas comprometidas e responsáveis, entregava os artigos semanalmente, a tempo e hora. Padre Prata permaneceu lúcido até o final, no alto de seus 96 anos bem vividos. Costumava dizer que “Prata não morre. Desliga”. E assim foi que ele “desligou”, de repente, deixando uma enorme saudade e a sensação de que as melhores histórias do Padre Prata não foram escritas. Foram vividas por nós.
Capina química
A normatização da capina química não está descartada pela Anvisa. Esta semana o prefeito Paulo Piau esteve com o diretor do órgão, Wiliam Dib, para tratar dessa questão, que é comum a todos os gestores municipais brasileiros capitaneados pela Frente Nacional de Prefeitos. Segundo Piau, Dib mostrou-se disposto a promover estudos técnicos sobre o assunto, ouvindo universidades e Embrapa, antes de se posicionar a respeito.
Limpeza cara e difícil
“É uma imbecilidade não se permitir a capina química. Dentro das normas técnicas e de segurança, não tem problema algum” – avalia Piau, ressaltando que a capina manual é altamente dispendiosa, demorada e difícil. Além disso, ninguém quer trabalhar capinando pedra portuguesa e paralelepípedos nas ruas. Como fazer com o mato que teima em crescer e se alastrar pelas cidades? Piau avalia que a única solução é liberar a capina química, porém com normas de segurança bem definidas.
Lei do Gás
Por iniciativa do deputado Domingos Sávio, a “Lei do Gás” está sendo desengavetada. Projeto prevê o fim do monopólio da exploração de gás pela Petrobras, abrindo oportunidades para a iniciativa privada atuar no setor. Caso se concretize essa possibilidade, o prefeito Paulo Piau acredita que o gasoduto e até mesmo a planta de amônia de Uberaba terão mais chances de se viabilizar.
Tapa buracos, já
Agora que as chuvas foram embora, que tal a PMU retomar a operação Tapa Buracos? Ruas e avenidas da cidade estão parecendo queijo suíço, tantas são as crateras por todos os bairros. Com a proximidade da ExpoZebu, o recapeamento das ruas fica ainda mais urgente!
20 anos
Quinta-feira de comemoração dos 20 anos do Shopping Uberaba reuniu lojistas num café da manhã com homenagens e show de Beto Guedes no encerramento. Parece que foi ontem que o Shopping abriu as portas e, de lá pra cá, consolidou-se como o carro-chefe do comércio local. Cresceu, apareceu, e hoje é um sucesso indiscutível, tanto de vendas quanto de atrações para uberabenses. É também uma referência na região, atraindo centenas de consumidores de cidades vizinhas. O Shopping Uberaba é motivo de orgulho para todo uberabense bairrista, que ama esta cidade e valoriza as coisas boas que temos.
Foto/Curtoo.com/ImagemGo
Empreendedores homenageiam lojistas pioneiros do Shopping Uberaba durante evento interno realizado nesta quinta-feira, para comemorar os 20 anos do Shopping, completados hoje