ALTERNATIVA

Apesar da contenção de gastos

Márcio Gennari, não acredita que os cortes dos servidores cheguem a 2,2 mil nomes

Lídia Prata
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 04:56
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O diretor de Comunicação da Prefeitura, Márcio Gennari, nega que o corte no quadro de servidores possa chegar a 2,2 mil nomes, como o próprio prefeito Anderson Adauto confidenciou a alguns, apontando que este seria o caminho caso o relatório econômico que aguarda não apresente sinais de reação. Por outro lado, o jornalista não nega a fase de contenção de gastos e confirma a informação de que contratos que estão vencendo não deverão ser renovados. Gennari justifica que está em processo de concurso público, o que não justificaria a renovação dos contratos. A situação, admite, vai gerar certa economia.   Coincidência. Gennari também comenta sobre a coincidência nos sobrenomes dos aprovados em primeiro e segundo lugares no processo seletivo para fiscal de posturas. São eles Leonardo da Vinci Capuzzo Barra e Alessandro Capuzzo Barra. Ambos têm o mesmo sobrenome da assessora do secretário de Administração, Sandra Cláudia Capuzzo Barra. O responsável pela comunicação do Governo afirma que a funcionária em questão não participou da elaboração, aplicação ou correção das provas e que é um direito de todo cidadão participar de processos seletivos, independente de ter parentes na Administração. “Não há que se ter suspeita”, diz ele, destacando que Sandra Cláudia é funcionária de carreira e goza de seriedade muito grande. Ainda assim, realmente é muita coincidência e chamou a atenção.   Fatalidade. Defesa também para Karim Abud, que, segundo informações, ninguém sabe, ninguém viu na Secretaria de Planejamento ou de Trânsito. Conforme o diretor de Comunicação, o secretário está exercendo as funções do Planejamento, mesmo com a Pasta ainda em fase de implantação. A informação oficial é de que Karim está debruçado em projetos como Hospital Municipal e revitalização das margens da BR-262. Inclusive ele e o prefeito teriam na segunda-feira uma reunião em Curitiba com o ex-governador Jaime Lerner para conversar sobre planejamento urbano. O encontro não ocorreu tendo em vista a morte da mulher do político, Fani Lerner, no fim de semana. “Ele [o secretário] está trabalhando. Não está ao deus-dará”, garante Gennari.   O caos. Impossível não se emocionar com relato de um pai com a filha precisando de atendimento médico, com uma carteirinha de plano de saúde nas mãos, mas se sentindo órfão, abandonado à própria sorte. Impossível não tomar este exemplo e imaginar o que passam famílias que sequer podem pagar por um convênio. Difícil não imaginar que estes casos se repetem. Poucos chegam até nós, jornalistas, e lamentavelmente nos indignam não na mesma proporção a que deveria indignar os organismos públicos e os que se propõem a tocar negócios na área da Saúde. Edgar Silva Júnior fez uma verdadeira via-sacra terça-feira à noite, com a filha de 7 anos, e nem com a fatura paga conseguiu atendimento de emergência em hospitais particulares da cidade.   Capitalismo. “Estamos aqui em casa. Sem rumo e sem destino”, diz o pai. Ao mesmo tempo, busca resposta para duas questões. O que leva os hospitais de uma cidade do porte de Uberaba a não oferecer atendimento de urgência em pediatria? O que faz com que uma cooperativa médica deixe seus clientes sem um mínimo de respaldo e segurança? A situação não é nova. Aqui, no JM, denunciamos há mais de um ano a questão. Os hospitais romperam com a Unimed para pediatria diante do que consideram tabela inoperável. Pediatras interessados em trabalhar na cidade são escassos diante da má remuneração. Sabe-se que a cooperativa está com projeto de um ambulatório próprio no centro da cidade. Mas, concordo plenamente que os convênios deveriam ser mantidos até o término da obra, que não faz sentido derramar toda a demanda no Hospital da Criança, que falta respeito. Infelizmente, pais estão abandonados, mesmo quando pagam por um plano com vistas a um atendimento de qualidade e que com tal ação acabam também contribuindo para menos pacientes nos postos públicos.   Retrato. Somente o Hospital da Criança está conveniado à Unimed, a maior operadora particular. E nem com toda a boa vontade do mundo consegue atender em tempo razoável à demanda, que o pai leitor apelida de “fila do desespero”. Na Clínica Civil, plantão só para clinico geral. No São Marcos, São Domingos e São José, só para maiores de 14 anos. A criança foi medicada pela pediatra dela, mesmo sem exame detalhado, apenas para passar a noite. Ontem, durante a consulta, foi constatada forte infecção na articulação do pé direito.   Para completar. Há médicos conveniados que só marcam pelo plano de saúde uma vez por mês e pouquíssimas consultas. Não há dúvidas de que a operadora precisa renegociar com seus parceiros ou que outra cooperativa de porte e estrutura precisa surgir. O que não se pode aceitar é que quem paga a conta seja tratado como se tivesse pedindo favor. Mas falta também a alguns médicos o mínimo de comprometimento. Há casos em que se a consulta não foi agendada, mesmo sendo paciente antigo e emergência diurna, o especialista rejeita a carteirinha do plano em seu consultório. Atende, se pagar.   Futebol-empresa. João Franco, secretário de Desenvolvimento Econômico, está que é pura empolgação. A injeção de ânimo aconteceu durante programa de esportes comandado pelo jornalista Jota Gonçalves, na TV Universitária, inclusive com a participação de Fernando Vanucci, direto de São Paulo. Aliás, Franco vai encontrar Vanucci amanhã na capital paulista. Também demorei a digerir, até entender que Franco agora é consultor voluntário do Uberaba Sport Club, em processo de gestão, para o qual defende o resgate da estrutura de base, alianças e parcerias, ou seja, planejamento mirando resultados.  

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