Gê Alves - redatora interina
Publicação referência no jornalismo econômico, a revista Exame colocou dois ícones em suas áreas e com opiniões divergentes manifestando sobre a criação do que seria a nova CPMF. A favor, o dono da Riachuelo, Flávio Rocha, fundador do movimento Brasil 200. Contra, o advogado uberabense Breno Vasconcelos, para quem a proposta briga contra todas as evidências e, se implantada, ao longo do tempo voltará ao problema original: queda da arrecadação, elevação de alíquota, penalização ao assalariado ou criação de novos tributos. Para completar – e aí, convenhamos, não precisa dizer mais nada –, Breno conclui: “Não deve ser à toa que, entre todos os países do mundo, esse tributo é adotado com fins arrecadatórios apenas na Venezuela, um país tristemente em frangalhos”. Para ele, “não existe solução fácil para nossos problemas, mas certamente existem respostas erradas. A CPMF é uma delas”. Filho do também talentoso advogado Gilberto Vasconcelos, Breno é pesquisador e professor da FGV e do Insper e mantém escritório em São Paulo, atuando na área tributária com muito sucesso
Deus me livre.
Tem político que encaminha todo dia textão ou arquivão para WhatsApp de “Deus e o mundo”. É o tal melhor não fazer nada do que usar mal uma ferramenta importante. Desconheço alguém que fique feliz ao olhar a time e ver lá bem cedinho este assédio repetitivo. Eu confesso que, antes de abrir as conversas matinais, já saio clicando naqueles inoportunos diários para deletar as mensagens.
Jogo interessante.
Faltando pouco mais de um ano para o pleito, a corrida pela Prefeitura já começou e tem de tudo nas coxias. Muita gente desnorteada; alguns aventureiros e os sonhadores, e tem também uns poucos “inocentes” e os espertos; além dos que se acham espertos. Entremeado a tudo isto, seres que se sujeitam a ser usados para confundir ou desviar atenções; seres que acham que estão sendo prestigiados, enquanto não percebem que na verdade a mão que parece afagar quer é queimar, e os que buscam ficar evidentes para negociar mais na frente. A vaidade excessiva é um traço de boa parte e um risco na mesma proporção. Como imortalizou William Shakespeare, “há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia”.
Nomes.
Já tem também pesquisas na área. Naturalmente que esta ferramenta neste momento pouco influencia no tabuleiro, no que se refere à real intenção de votos, até porque ainda o tema eleições municipais – se está quente nos meios políticos – está muito longe para o cotidiano do eleitor. De forma que, em minha opinião, os resultados neste instante ainda refletirão em muito a última campanha eleitoral, que é o que está mais latente no psicológico/inconsciente do eleitor. E isto – acredito – não quer dizer exatamente nada.
De olho.
Aproveitando o assunto, partido sem representação em Uberaba tenta convencer o ex-deputado estadual Fahim Sawan a aceitar pré-candidatura à sucessão de Paulo Piau. Reunião acontece sábado, na hora do almoço, na casa do próprio. Segundo me disseram, Fahim estaria reticente por fatores diversos. No entanto, aceitar sentar e na própria casa, com almoço e tudo, não me parece perfil de quem esteja assim tão hesitante.
Pé na estrada.
Já era de noite, na terça-feira, quando o secretário Iraci Neto, da Saúde, recebeu do prefeito Paulo Piau determinação para que estivesse ontem pela manhã em Brasília. O deputado federal Franco Cartafina acertou para Uberaba encontro direto com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Iraci pôs o pé na estrada às quatro da matina e valeu a pena, afinal, foi cerca de uma hora com o dirigente máximo da saúde pública do país e isto não ocorre todo dia. Iraci não voltou de mão abanando, não. O ministro se comprometeu a solucionar questões para agilizar a conclusão das reformas de Unidades de Referências Secundárias (URS), devendo inclusive autorizar o pagamento integral do que resta. E mostrou disposição em dispensar olhar sensível para liberações de demandas já encaminhadas.
Construção.
Entre as demandas, convênios em andamento, Iraci Neto e Franco Cartafina pediram mais três equipes do “Melhor em casa”, habilitações pendentes, liberação de equipamentos. Se expôs necessidades, Iraci também apontou vivência do município polo macrorregional e avanços pelo fortalecimento dos SUS em Uberaba e região. Inclusive, informou ao ministro que Uberaba está pronta para colocar em prática o projeto dele, o “Saúde na hora”, com funcionamento de unidades até 22h. Agradeceu o repasse de recursos equivalentes a 75% do custeio do Hospital Regional, naturalmente pleiteando a continuidade. Num bate e volta, Iraci, terminada a reunião, pegou a estrada de volta, mas satisfeito.
Pegando fogo.
No fim da tarde vem a notícia de incêndio em área de pastagem da Supra. Até o fechamento da coluna não se sabia ao certo a origem do fogo. Os bombeiros estiveram no local para combater as chamas e efetuar varredura. Civis agiram rápido e evitaram o alastramento e danos maiores aos animais. A época seca e atos irresponsáveis causam muita queimada nesta época do ano. Não quero acreditar em ação criminosa, seria muita covardia e crueldade.
Tão atual.
“...Começo a achar normal que algum boçal atire bombas na embaixada. Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada. Toda forma de conduta se transforma numa luta armada. A história se repete, mas a força deixa a estória mal contada. O fascismo é fascinante; deixa a gente ignorante e fascinada. É tão fácil ir adiante e esquecer que a coisa toda tá errada. Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada... nada... nada. (Humberto Gessinger)