ALTERNATIVA

Bate-bocas marcam última sessão extra da Câmara

Lídia Prata
Lídia Prata
Publicado em 20/12/2023 às 21:51Atualizado em 21/12/2023 às 21:34
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OLHA O NÍVEL!!! 
Nenhuma surpresa na votação e consequente aprovação do projeto que institui o novo plano de carreira do magistério. Surpresa foi causada pelo bate-boca dos vereadores com o público presente. Cenas absolutamente inacreditáveis. Foi uma feiura daquelas! 

CÂMARA 40 GRAUS 
O clima já estava pra lá de quente quando começaram as discussões em torno do projeto de modificação do plano de carreira do magistério.  Aí pegou fogo de vez! Primeiro, a vereadora Rochelle Bazaga protestou contra a ausência da secretária Juliana Petek para defender o plano, e aí o colega  Celso Neto rebateu, e começou o primeiro quiprocó. Professores usaram a tribuna para se manifestar, e reclamaram da falta de valorização dos professores, criticaram o Sindemu por ter levado o então secretário Celso Neto para defender o plano na assembleia dos trabalhadores. O pedido de adiamento da votação do projeto voltou à pauta, sob o argumento de que há divergências de entendimento sobre as propostas do governo municipal e falta de tempo para discussões pela categoria. A bronca rolou  solta, com direito a puxão de orelhas ao então secretário Celso Neto por ter mandado o projeto de última hora para votação pela Câmara. “O senhor teve mais de um ano para estudar o projeto e não teve a mesma generosidade com os professores. Não nos deu nem uma semana para estudarmos o projeto”. 

BRONCA PESSOAL
Vereador Celso Neto perdeu as estribeiras diante das críticas de professor Cláudio. Na tribuna, o professor desabafou: “Vereador Celso, o senhor disse no microfone da Rádio JM que há um excesso de professores afastados por estresse, depressão, etc. Mas eu explico por que:  É por causa do excesso de burocracia inútil, de papel para jogar no lixo, de lives e reuniões que não melhoram a qualidade do ensino. É isso que está adoecendo os professores, desde os tempos da secretária Silvana Elias vocês cansam tanto o professor com esse extra-classe exorbitante, que ele não vai render o que poderia render em sala de aula.  Por favor, reveja essa questão". Mas aí o vereador Celso Neto ironizou, apontando o que chamou de “erro ortográfico” no cartaz que o professor Cláudio segurava em plenário. Foi além, argumentando que o problema do professor Cláudio era “pessoal” com ele. “Quando o senhor faz acusações de que os culpados pelo adoecimento dos professores somos eu e a professora Silvana Elias o senhor vai ter de provar, respondendo judicialmente sobre essa acusação, pois o senhor está atribuindo um crime a mim”. 

EXPLICA AÍ! 
O clima foi tão pesado, que até o discreto vereador Baltazar da Farmácia foi chamado à discussão. A certa altura, um popular desafiou o vereador a explicar o projeto que iria votar, referindo-se ao plano de carreira do magistério. 

DE VOLTA 
Antes mesmo de iniciar a sessão extraordinária da Câmara, o vereador Celso Neto protocolou pedido de afastamento do mandato por 180 dias. Esse expediente confirma as informações de bastidores, dando conta que ele só deixou o cargo de secretário municipal de Educação para defender os projetos de interesse do governo nesse fim de ano, em especial o plano de carreira do magistério. Sua nomeação para retornar ao cargo deve ser publicada a qualquer momento. 

MUDANÇAS NA CODAU 
Fernando Pierre Massa acaba de ser nomeado Diretor de Ações Urbanas, substituindo Cássia Cristina Silva, que foi nomeada pelo ex-presidente José Waldir no início do ano. Já a ex-secretária municipal de Administração, Morena Prais Alves Pinto, passará a ocupar o cargo de Diretora de Gestão Administrativa da Codau, em substituição a Suellen Caroline Aparecida Gomes. 

QUE PELEJA! 
Em entrevista à Rádio JM nesta quarta-feira, o Promotor Carlos Valera explicou as razões (ou pelo menos uma delas) para tanta demora no início da coleta regional do lixo pelo Consórcio S. Embora o caso esteja sendo acompanhado pelo colega promotor Renato Teixeira, Valera revelou que o contrato firmado pelo Convale com o consórcio S prevê que o lixo coletado nos municípios vizinhos deveria ser descartado no aterro municipal, mediante o pagamento de uma espécie de royalty para Uberaba. No entanto, o Consórcio teria feito um levantamento das condições do aterro público, concluindo pela existência de indicativo de contaminação, e consequentemente o tempo de uso não poderia ser de 8 anos, como estava previsto no contrato, mas no máximo de 2 anos. Esse fato, segundo Valera, mudaria toda a equação financeira do serviço contratado. Somente quando for vencida essa questão poderá entrar em operação a coleta regional do lixo. Mas já se sabe de antemão que o lixo terá de ser descartado em aterro privado, seja ele da Soma (que integra o Consórcio S) ou outro. 

QUEDA LIVRE 
Ainda de acordo com o Promotor Carlos Valera, já é possível notar um avanço no nível de conscientização popular sobre a necessidade de preservar o meio ambiente. Tanto assim que o índice de judicialização de feitos ambientais caiu significativamente em 2023. 

CARROÇA NÃO! 
Citando medidas adotadas em Poços de Caldas e Araxá, onde as carroças e charretes foram proibidas, o Promotor Carlos Valera defendeu que Uberaba siga esses exemplos, de forma gradativa. Sugeriu, inclusive, que seja feito um planejamento das ações, começando pela identificação dos carroceiros, e oferecer a eles uma opção de trabalho para o sustento familiar, que seja não seja a carroça puxada por tração animal. Quando essas questões estiverem superadas, aí, sim, deve haver a proibição definitiva. 

VAI DEMORAR
Somente entre maio e junho do ano que vem deverá ficar pronto o estudo sobre a situação da infraestrutura das redes de esgoto, água e drenagem no Alfredo Freire IV. Não há definição de quando as obras poderão ser retomadas, para finalização das casas e entrega às 540 famílias que aguardam desde 2017. Enquanto o estudo não for concluído, o Promotor Carlos Valera afirma que não será possível lançar a licitação para contratação da empresa que irá finalizar a obra. Pelo menos resta um alento: a Caixa agora está responsável efetivamente pela segurança do conjunto. Mas é fato que o mato está tão alto, que quase encobre as casas.

CULPA DE QUEM?
Paralelamente às ações para retomada das obras do Alfredo Freire IV, corre ação para investigar as causas da demora no distrato da construtora com a Caixa, assim como para saber por que duas construtoras abandonaram a obra, sem qualquer obstáculo por parte da Caixa. Esse processo está em fase de perícia. 

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