Erva-daninha
O destempero parece uma erva-daninha que se alastra entre os políticos uberabenses, provocando estragos irremediáveis na imagem de detentores de mandato e nas instituições que representam. Ontem foi a vez do vereador Marcelo Borjão, do PMDB, proferir palavrões em plenário, em xingatório ruidoso contra o colega Jorge Ferreira. Enquanto o vereador Samuel Pereira fazia seu pronunciamento, Borjão começou um bate-boca paralelo com Jorge Ferreira e perdeu as estribeiras, partindo para a agressão verbal. Não pode. Já disse e repit político que substitui a razão pelo fígado comete um pecado capital.
Telhado de vidro
Depois de protagonizar uma cena deplorável na sessão da Câmara de ontem, a cadeira de vereador de Marcelo Borjão está na corda bamba. Há meses ele vem se indispondo com o presidente Luiz Dutra. Já se desentendeu com outros colegas. Nos bastidores, praticamente todos os vereadores condenavam sua postura e faziam referência ao destempero emocional do peemedebista. Por isso, se os vereadores resolverem levar ao pé da letra o significado de “falta de decoro parlamentar”, Borjão poderá se dar muito mal...
Questão de exemplo
Vale lembrar que Borjão integra a Comissão de Ética do Legislativo. Nessa condição, teria de ser o primeiro a dar o bom exemplo, como já deu em diversas outras oportunidades, como no episódio em que Jorge Ferreira colocou mesa na calçada em frente da Câmara. Mas, ontem, jogou tudo por terra, ao chamar o mesmo Jorge Ferreira para briga e partir para o palavreado de baixo calão. Sua permanência na Comissão de Ética tornou-se insustentável, lamentavelmente.
De fora
Vereador Tony Carlos desistiu da ideia de integrar a comitiva uberabense que vai agora à China e, em agosto, ao Canadá, num total de 40 dias, em duas etapas. Fez bem. Não se justifica desperdício de dinheiro público com viagem internacional cara, sem resultados práticos concretos em curto prazo.
Regra é regra
Além das atividades particulares, o que mais pesou na decisão de Tony foi disposição do Regimento Interno da Câmara que estabelece a obrigatoriedade de convocação de suplente (com consequente exoneração dos assessores) quando um vereador se ausentar por 10 dias.
Maracujina já!
A “bruxa” está solta. Fernando Vilas Boas acaba de perder a presidência da Codiub. Nem o parentesco com o prefeito serviu para contornar a situação entre ambos. O tempo “fechou” na sexta-feira e Fernando acabou exonerado. Xiiiiii...
Na bronca
Não só praças e calçadas usadas como extensão de bares são alvos de críticas por parte da população. Leitor Ubiratan Cruz critica o uso indevido dos canteiros centrais das avenidas (como na Bento Ferreira), onde, também, se colocam mesas e os usuários utilizam os sons em alto volume dos seus carros para ouvir música. “O Serviço de Postura da Prefeitura e a Guarda Municipal deveriam ser mais eficientes para coibir tal prática irregular”, sugere o leitor.
Decolando
Foi de 12% o aumento geral nas vendas das lojas âncoras e de 17% nas lojas satélites do Shopping Uberaba, entre janeiro e abril deste ano no comparativo com o mesmo período de 2010. Dia das Mães foi o melhor de todos os tempos, o que sinaliza que o Dia dos Namorados deve repetir o sucesso.
De fora - 2
Na reunião da semana passada para tratar das denúncias envolvendo maus-tratos no Caresami, o vereador Almir Silva ficou de fora. Não foi convidado. Justo ele, que integra a comissão que trata dos direitos da criança e adolescente na Câmara Municipal. Será reflexo da pesquisa JM/ContraPonto, em que Almir aparece em 1º lugar na preferência dos uberabenses para prefeito de Uberaba? Muito estranho esse “esquecimento”...
Erro, não
A propósito, a primeira-dama Angela Mairink Pereira fez questão de frisar que o governo municipal não tem compromisso com o erro. Em visita ao JM segunda-feira, ela defendeu que as denúncias de maus-tratos aos internos no Caresami sejam apuradas até o fim, com todo o rigor que a situação exige.
Multiplicador de reais
Por mais que eu tente, não consigo entender como é que o ministro Antônio Palocci conseguiu amealhar um patrimônio milionário em tão curto espaço de tempo. Pelo visto, a profissão de consultor de empresas é a mais “rentável” nesse país. Somando o preço que ele pagou (cash) pelo apartamento em bairro chique de SP, com o preço da sala comercial na avenida Paulista, Palocci teria de faturar cerca de R$155 mil mensais, em quatro anos, e não gastar nenhum real dessa renda com mais nada. Será que há tantas empresas no Brasil com capacidade financeira suficiente para gastar isso tudo com consultoria? Muito estranho...