Por Gê Alves gealves13@gmail.com A tradicional Countrypira movimenta o Uberaba Country Club amanhã. Todos os alvarás para a festa foram providenciados, assim como contratado o serviço de empresa idônea para segurança interna, com agentes credenciados pela Polícia Federal. Presidente Batatinha acredita que a Countrypira será um sucesso, tanto de público quanto de organização. Fora de hora. Não aguentei a curiosidade e fui conferir. É que o presidente do PMDB na cidade, advogado Alexandre Pires, tentou entregar uma “correspondência” a Anderson Adauto, ontem, durante evento. O prefeito não quis nem olhar, dizendo não ser hora. Segundo ouvi do próprio Alexandre, trata-se de consulta deliberada pela Executiva Estadual do partido para levar o ministro Hélio Costa à presidência do PMDB mineiro. A eleição acontece em novembro e a intenção seria dar um up na pré-candidatura de Hélio Costa a governador e evitar racha interno, unir e fortalecer a legenda.No entanto, há outros interessados em presidir o partido, em substituição ao deputado federal Fernando Diniz, entre eles, o ex-presidente Armando Costa e o deputado estadual líder do PMDB na Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes. Pires confirma que AA não viu a mensagem impressa, mas sugere que tenha recebido a consulta virtualmente. Depois do “pito”. Questionado, Pires diz que o prefeito “é 100% Hélio Costa” e não tem dúvidas de que defende a união e o fortalecimento da sigla. Tudo isto o leva a acreditar, mas não chega a apostar, que Adauto assine em favor de Hélio Costa para a presidência do PMDB de Minas. Perguntado quando pretende novamente procurar o filiado mais ilustre de Uberaba, diz que agora vai aguardar ser chamado, não sem observar que a manifestação de AA pode ser feita, ou até já ter sido feita, via e-mail diretamente à Executiva Estadual. Pires informa que, além dele, já assinaram com um sim o presidente do Codau, José Luiz Alves, e os três vereadores. Magistratura. Juízes da região recebem hoje seus representantes em Minas. Reunião da Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) presidida pelo juiz Nelson Missias de Morais (eleito com 75% dos votos da categoria). Vice-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, desembargador Doorgal Gustavo Borges de Andrada, que já presidiu a Amagis e dirigiu o Fórum Melo Viana, também marca presença. Antes da reunião, coletiva à imprensa, às 16h30, no salão de júri. Na pauta, propostas para a nova Lei Orgânica da Magistratura (Loman) e as reivindicações da região para melhorar o desempenho da Justiça. À noite, na Casa do Folclore, acontece o Integramagis, evento de integração do Judiciário estadual que acontece mensalmente em BH. De adoecer. O título desta nota não é meu. Tomei-o emprestado a partir de relato de uma mãe que faz aumentar as estatísticas das famílias que têm penado em busca de socorro aos seus filhos fora do expediente normal. Doença, principalmente em crianças, não tem hora para aparecer, mas em Uberaba, pelo jeito, deveria ter hora marcada. Como já tem se tornado rotina, desde o desentendimento de hospitais conveniados e a Unimed quanto ao plantão pediátrico, há mais de um ano, sequer quem tem plano de saúde fica imune aos dissabores. O que se vê é a cada dia um Hospital da Criança mais lotado, filas cada vez maiores, tempo de espera que supera a complacência. Tudo isto, naturalmente agravado pelo clima inconstante e pelo aparecimento da gripe suína, cujos sintomas são muito parecidos com a gripe comum e cuja recomendação de sinais é procura de ajuda médica. Procurar o uberabense procura, mas, convenhamos, está difícil. Sem opção. A leitora levou o filho, com tosse intensa noturna como um dos sintomas, ao Hospital da Criança, sua única opção, e se diz revoltada com as condições de higiene da sala de espera, o comportamento das atendentes e o longo tempo de espera por atendimento. “Até aí tudo bem. Na hora que o médico, com a camisa para fora, chamou, a cama tinha aqueles lençóis descartáveis que ele não trocou e sequer lavou as mãos para a nova consulta”, conta. Na consulta, como de praxe, o profissional perguntou o que ocorria e afirmou que “poderia” tratar-se de crise alérgica, não pediu qualquer exame apesar da tosse e “passou um remedinho” recomendando a mãe que procurasse no dia seguinte o pediatra da criança. “Quando o levei na médica dele, o diagnóstico era, simplesmente, de início de pneumonia. É revoltante. É de adoecer. Imagina as pessoas mais carentes, que não têm pediatra específico?”, afirma. Endosso. Entendo o drama da leitora. É sem número a quantidade de reclamações. Eu sou uma defensora de que já passa da hora de a Unimed e os hospitais credenciados entrarem em um acordo e disponibilizar pediatras a noite e a Prefeitura, diante do caos instalado, reforçar este serviço. O que não pode é ficar como está. Impossível que o Hospital da Criança sozinho dê conta a contento de toda a demanda. Não se justifica uma cidade deste tamanho com apenas um plantão pediátrico. E, vale lembrar, não é de hoje que a coisa se arrasta. Paciência tem limite. Cortes. Ganha ritmo acelerado a contenção de despesas na Câmara Municipal. Pelo menos três demissões estão concretizadas além do corte de pessoal emprestado ao Psiu. Diretoria de Cerimonial volta para a jornalista Cássia Queiroz, que é funcionária do quadro. Profissional que cuidava do som foi exonerado e a então secretária do presidente retorna à iniciativa privada, sendo substituída por prata da Casa.
