Gê Alves - redatora interina O Caresami funciona num prédio antiguíssimo. Os menores, cerca de 50, vivem em celas, a maioria em grupos de 10 internos. Há também as celas menores onde caberia apenas uma pessoa, mas abrigam de quatro a cinco. A indignação foi passada à coluna por mães. Dizem que as refeições são feitas dentro dos alojamentos, já que desde a última tentativa de fuga os menores não saem para nada. Conforme as mães, apenas duas funcionárias com formação especializada atendem aos meninos (psicóloga e assistente social). A maioria seria "educadores" que cuidam da segurança. "A condição deles e muito pior que dos homens nas penitenciárias. São adolescentes que muitas vezes caíram lá por ir na onda de outros, por bobeira mesmo. Não sabemos quem deles tem realmente perfil ou índole marginal, mas, depois de tanto desrespeito, temos medo de que saiam muito pior que entraram", desabafam. Mau exemplo A horta no Caresami também deixou de existir e o local foi tomado pelo mato. Para completar, a caixa-d-água está sem tampa no meio do pátio, enquanto todo o Brasil está na luta contra a dengue, inclusive Uberaba. Recentemente mesmo o prefeito Anderson Adauto anunciou tolerância zero, com muita razão, a quem não estiver atento aos cuidados para evitar a formação de criadouros para o Aedes aegypti. Reivindicação Uma comissão de mães procurou o prefeito pedindo a reforma do prédio. "Num primeiro momento ele disse que seria um bom castigo pra eles. Uma das mães se assustou e ele remendou que resolveria o mais depressa possível", contam. A reforma ainda não começou e os menores, enquanto isso, permanecem amontoados. O grupo de mães defende que os infratores deveriam receber atendimento rígido, mas especializado, profissionalizante e humanizado, para que saíssem de lá com outra visão de vida. "Ninguém pensa neles. Estão esquecidos trancados. O Caresami pode se transformar em um depósito de pequenos marginais. Isso precisa ser mudado urgentemente. Pequeno investimento e força de vontade do prefeito poderiam transformar o local além da estrutura física", disse uma das mães, não sem antes demonstrar medo de que com suas declarações "o tiro saia pela culatra". Opinião A colunista entende, e é uma posição pessoal, que punições têm que haver. Nenhum daqueles menores está lá por acaso ou aleatoriamente. Se cometeram infrações e sabemos que muitas delas de natureza grave, não seria justo que continuassem nas ruas expondo a sociedade a mais riscos do que já tem. Também, até como mãe, acredito que se não há punições, a coisa corre frouxa e fica tudo muito pior. Não é novidade que menores são utilizados a todo instante em ações criminosas. Não defendo que se deva passar as mãos na cabeça de adolescentes envolvidos em infrações ou que internos sejam tratados a pão-de-ló. Até porque é uma casa de reeducação e não uma estância de repouso. Mas, não restam dúvidas de que não se educa a ferro e fogo. Não se corrige ninguém sem a preparação para encarar o mundo após a internação. E menos dúvidas ainda de que o ócio é um perigo ao ser humano, encarcerado ou não. Estes adolescentes vão deixar o local um dia, ninguém ali está condenado à prisão perpétua, e são necessárias ações para que possam ser realmente reintegrados. Claro que por mais que se faça a recuperação, não será de 100% dos menores, mas há que se ter a consciência tranquila de que o problema não foi empurrado. Manter os menores sem terapias ocupacionais, trancafiados 24 horas por dia, para mim, só faz adiar o problema, que pode voltar muito maior. Emoção. Estampadas na cara a alegria e a certeza do dever bem cumprido de Lídia Prata (titular deste espaço) com a formatura da filha Giovanna. A nova médica vai fazer residência em Dermatologia. Novidade A Girolando inova seu Programa de Melhoramento Genético. Os registros genealógicos passam a ter, inclusive, a fotografia do animal, o que significa maior segurança na identificação do exemplar. Na bronca Leitor Wesley Carvalho afirma que o site da Air Minas discrimina Uberaba. É a única cidade em que a empresa atua sem foto e comentários. Dele também outra constatação interessante: a falta de linhas de ônibus para quem depende deste meio e quer visitar o shopping e Wal-Mart. "As pouquíssimas linhas para lá dão enormes voltas e algumas passam apenas na Barão do Rio Branco, a vários quarteirões do local", reclama. Movimento Apesar do momento de cautela, o superintendente do Shopping Uberaba, Guilherme Vilela, observa que os números estão surpreendendo. A movimentação está cada vez maior e um dos atrativos é a promoção que vai sortear um automóvel e três motocicletas. Pelas bordas Vereador Almir Silva foi visto pela colunista chegando à casa do presidente da Câmara, Lourival dos Santos, ontem, por volta de 14h. Em campanha, Lourival recebeu sorridente a “visita” no portão. Campanha Campanha para desabrigados de Santa Catarina movida por Luiz Renato Rodrigues da Cunha (Transmil) arrecadou dois caminhões de donativos. Destaques José Olavo Mendes e Jonas Barcellos, presidente e vice da ABCZ, estão entre as 50 personalidades mais influentes do agronegócio, segundo a Revista Dinheiro Rural. São citados como "empreendedores que semearam o sucesso do agronegócio brasileiro e estão ajudando a transformar o País na grande potência agroenergética do século XXI". No maior pique O pessoal da hípica do Jockey Park fechou o ano com confraternização em estilo country. A turma já prepara para repetir em 2009 o sucesso de 2008.