Casas aos montes. Presidente da Cohagra garante que haverá casa suficiente para abrigar os moradores das áreas de risco identificadas pela Defesa Civil. É só uma questão de tempo, ou melhor, de “bom tempo”. Samir Cecílio Filho garante que, tão logo a chuva dê trégua, a Cohagra iniciará a construção de 184 casas no Gameleiras (ali perto da Copervale, às margens da BR-262), justamente para receber famílias transferidas de áreas de risco ou identificadas como moradoras em condições subumanas. Como os recursos foram liberados pelo Ministério das Cidades num programa destinado especificamente para atender a essa finalidade, as 184 casas só podem ser destinadas a famílias que se enquadrem nesses requisitos. “Nem temos 184 famílias em situação de risco em Uberaba”, estima Samir, argumentando que serão contempladas outras em situação de pobreza extrema, como, por exemplo, gente que mora em casas de lona ou similar. Jeitinho brasileiro. Teoricamente, quem consegue uma casa popular deve mudar-se para ela imediatamente, de modo a fugir do aluguel ou das condições subumanas anteriores. Mas, na prática, não é isso o que acontece e todo mundo sabe disso. Não é de hoje que pessoas conseguem casa “de conjunto” e passam o imóvel adiante através de contrato de gaveta, ou continuam morando com pai e mãe para alugar a “casa própria”. Vários conjuntos populares do passado hoje viraram bairros nobres e centrais, inclusive em Uberaba, e raros são os imóveis que ainda estão nas mãos dos primitivos proprietários. Trambicagem escancarada. No Residencial 2000, segundo Samir Filho, há vários casos desse tipo identificados. Ele garante que não vai deixar passar em branco. Aliás, já está retomando os imóveis com ocupação irregular, assim como aqueles que até hoje não foram ocupados pelos beneficiados. “Por mais que a gente filtre os pedidos, isso acontece”, reclama Samir. Vale lembrar que parte do Residencial 2000 foi construída no governo Marcos Montes, pelos contemplados com cestas de material de construção. Outra parte recebeu a casa pronta, no governo Anderson Adauto. Ponta do lápis. Para se ter uma ideia, as casas construídas com recursos do Ministério das Cidades seguem um esquema diferenciado. O cronograma de obras prevê conclusão em 12 meses, mas todo mês a Cohagra terá de entregar 15 casas prontinhas, até chegar ao fim do ano com as 184 habitadas. Tempo bom. Com céu estrelado ou chuviscos, a Fornace é sempre uma boa pedida para o fim de semana. Você escolhe entre ir à pizzaria para um chopinho em dobradinha esperta com a pizza da sua preferência, ou fazer o pedido por telefone. Fornace tem a cara do fim de semana gostoso. Na mesma. Vereador Marcelo Borjão garante que não virou a casaca ao elogiar o governo Anderson Adauto, terça-feira, em entrevista à Rádio JM. Só fez “justiça”, ao dizer que AA realiza um bom governo, em que pese um rosário de críticas pessoais que ele, Borjão, faz ao prefeito. “Vou continuar não endossando os erros do governo Anderson, na Câmara, só porque somos do mesmo partido. O que eu tiver de falar vou continuar falando, ele achando bom ou não” – diz o vereador. Leão voraz. Vixe Maria! A arrecadação de tributos federais encerrou 2010 com 9,85% de crescimento real (corrigido pela inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em relação a 2009. Uau! Ao todo, a arrecadação atingiu R$ 826,065 bilhões no ano passado, superando em R$ 74,087 bilhões a do ano anterior. Trabalhamos para pagar impostos neste país!!! No esgoto. Veja para onde vai o dinheiro dos impostos que pagamos: os ex-governadores de Mato Grosso, mesmo aqueles que exerceram mandatos-relâmpagos, recebem pensão vitalícia de R$ 15 mil mensais. Neste caso está, por exemplo, o ex-deputado Humberto Bosaipo (DEM), que hoje é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, mas, em 2002, na condição de presidente da Assembleia Legislativa, assumiu o cargo por dez dias, durante uma viagem oficial do então governador Rogério Salles (PSDB) ao exterior. São essas malandragens que desanimam os brasileiros honestos. Desprestígio. Leitor atento da coluna analisa que os deputados uberabenses da base aliada do governo estadual estão muito “sem moral” com Anastasia. Sequer foram ouvidos previamente sobre a troca do comando da PM em Uberaba, ou, se ouvidos foram, não tiveram argumentos para demovê-lo da ideia. E, por último, questiona se a transferência teve “dedo” de deputado. Conclui que, em qualquer dessas hipóteses, “Uberaba está muito malservida politicamente”. Pois é. Quando as coisas acontecem sem uma explicação decente, acabam dando margem a toda espécie de interpretação e crítica popular... E a catedral? Analisando a composição do secretariado estadual, o deputado federal Paulo Piau avalia como extremamente inteligentes as escolhas do governador Anastasia, principalmente porque linkou secretarias com ministérios de Dilma, na política partidária, o que deverá evitar que Minas se torne uma ilha nos próximos quatro anos. No entanto, como Anastasia encheu o primeiro escalão de deputados (que tendem a cuidar de suas “capelinhas”), Piau acredita que Anastasia precisará de pulso firme para que todos os secretários rezem na mesma “catedral”. Amém. Interlocutor de peso. Na avaliação de Piau, que ontem visitou o JM, o deputado Narcio Rodrigues tem tudo para ser o grande interlocutor de Uberaba junto ao governo estadual, inclusive nas questões relacionadas ao projeto do gasoduto. Segundo Piau, a definição de uma área para abrigar a fábrica de amônia não pode ser empecilho para uma conquista do porte do investimento da Petrobras. Ele acredita que hoje essa questão deverá ser superada, na reunião dos dirigentes da Petrobras com representantes de Uberaba, Codemig e Cemig. Espera-se que o prefeito esteja certo e as partes “afinem a viola” de uma vez por todas. Na próxima semana, Alternativa estará sob a responsabilidade da jornalista Daniela Brito.