Novela dos cavaletes
Esse põe-tira cavalete de propaganda eleitoral dos espaços públicos em Uberaba teve novo capítulo ontem, quando o vereador Tony Carlos conseguiu decisão favorável ao seu pedido para usar as rotatórias. Medida só beneficia o autor da ação judicial, mas deve durar pouco. Isso porque o promotor eleitoral José Carlos Fernandes já acenou com a intenção de recorrer da sentença, na tentativa de fazer prevalecer a proibição de uso das rotatórias para colocação de cavaletes de propaganda eleitoral. Porém, mais grave do que a localização desses cavaletes é a fragilidade do material. Esta coluna tem alertado insistentemente sobre o perigo que essas placas de propaganda representam quando caem de caçambas de caminhões (como se viu com o candidato Ademir Vicente, na praça da Concha Acústica) ou “voam” com a ventania. Se acontecer uma tragédia, não será por falta de alerta.
Medida oposta
Candidato Paulo Piau (PMDB) determinou que todos os cavaletes de propaganda sejam retirados das ruas e avenidas centrais da cidade. Embora considerando necessária a propaganda (já que a lei eleitoral gessou os candidatos nesse particular), Piau pondera que o trânsito na região central está bastante tumultuado pelas obras do Água Viva e que esses cavaletes realmente podem trazer problemas às pessoas, uma vez que é impossível monitorar tantas placas ao mesmo tempo. Corretíssimo!
“Náufrago”
Candidato Wagner Júnior foi o convidado de ontem para a sabatina da Rádio JM AM 730. Um dos pontos altos foi quando ele revelou publicamente os efeitos devastadores que a perda do pai lhe causaram. “Me senti o Náufrago do filme”, disse. Contou, corajosamente, ter mergulhado em depressão, saindo do fundo do poço graças ao apoio da mãe. Não resta dúvida que foi um ato de coragem do “Fusquinha” (apelido que ele próprio incorporou), porque os políticos não gostam de expor suas mazelas e, na maioria das vezes, “vendem” uma imagem de perfeição que não corresponde à realidade. Ele fez o oposto.
Mais um
Assim como Piau, Lerin e Fahim, Wagner Júnior defende a captação de água no Rio Grande. “Hoje pode parecer loucura, mas será a solução para o futuro”, afirmou.
Modelo híbrido
Sobre a gestão do Hospital Regional, o candidato do PTC foi coerente: o Município não terá condições de assumir essa responsabilidade sozinho. Defendeu um modelo híbrido de gestão, e calcula que serão necessários 700 funcionários para colocar o HR em funcionamento.
Idosos e dependentes
Para os idosos carentes, Wagner Júnior propõe a criação de casas-dia, onde os familiares possam deixar seus pais ou avós enquanto trabalham, buscando-os ao final da jornada. Para os dependentes químicos ele propõe tratamento em hospital próprio.
Último
Segunda-feira a sabatina da Rádio JM AM 730 será com o candidato Edson Santana, do PPS. Você pode participar pelo 3331-7999.
Bis
Atendendo a pedidos de ouvintes e prefeitáveis, a Rádio JM fará outra rodada de sabatina, de 21 e 28/9, além do debate entre eles no dia 29.
Gestação
Já está em gestação na Aciu um projeto para gerenciamento da ZPE, capitaneado pelo presidente Manoel Rodrigues Neto.
Rejeição
Preste atenção nos índices de rejeição dos candidatos a prefeito. Segundo analistas, não basta o candidato ter a preferência de boa parte dos eleitores, se seu índice de rejeição cristalizado for alto. Isso significa que a margem de crescimento do candidato é menor para o de rejeição alta, do que para aqueles com índices menores de rejeição.
Perigoso
Quem julgava que Wagner Júnior estava “blefando” com sua candidatura pode se surpreender. O rapaz está andando por toda a cidade, pedindo voto de porta em porta. Pode até não ganhar a eleição, mas vai dar trabalho aos adversários e sair cacifado para o segundo turno. Com poucos recursos para a campanha, Wagner Júnior mostra no horário eleitoral gratuito o mesmo estilo que fez a fama do seu pai, como político. Preste atenção e depois me diga...