Muita gente, ontem, visitando a casa onde viveu Chico Xavier, bem como seu túmulo no cemitério São João Batista. O médium completaria 99 anos. O centenário, ano que vem, será marcado por filme dirigido por Daniel Filh “As vidas de Chico Xavier”, bem como pela inauguração do memorial que leva seu nome. Última hora. Clima de consternação ontem na Prefeitura diante da surpresa vinda à tarde com a suspensão da liminar que garantia pagamento aos 55 apostilados cujo benefício foi questionado na Justiça pelo atual Governo. A surpresa aconteceu tendo em vista, principalmente, que na quarta-feira os contracheques foram recebidos com o valor referente ao apostilamento. No entanto, consta que, imediatamente após a suspensão obtida em recurso impetrado em Brasília, um ofício foi enviado à Caixa Econômica Federal, determinando o bloqueio na liberação da parcela correspondente ao benefício. A mesma agilidade não foi verificada pelo Poder Público em outras ações recentes do Judiciário e Ministério Público. Para entender. Apostilamento é um benefício que garante o valor recebido a ex-ocupante de cargo de confiança, após cinco anos na função, mesmo quando do seu retorno ao cargo de origem. A atual Administração não concorda que a garantia atinja aqueles que ocuparam funções de confiança antes de aprovação em concurso público ou para quem já prestava serviços antes da Constituição de 88. Não entro no mérito. Penso que cada um tem suas convicções e as defende. Mas, como a Prefeitura fez acordo para acertar de forma escalonada o pagamento em questão após suspensão judicial do corte do benefício, deveria cumprir o acertado e aguardar o julgamento final do agravo de instrumento, previsto para no máximo um mês. Até porque a diferença referente ao mês de fevereiro foi quitada. O “entendimento” entre as partes previa quitação do valor referente ao benefício cortado do 13º salário em abril, a diferença de dezembro até o 5º dia útil de maio e a última cota, referente a janeiro, até o 5º dia útil de junho. Se houve isto, um novo confronto seria desnecessário. Da forma como ocorreu me pareceu cruel. Dificuldade. Há quem atrele a decisão do prefeito Anderson Adauto de recorrer ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, à situação financeira na Prefeitura, que não estaria nada boa. Sendo certa esta situação, ela é preocupante, haja vista que o momento é de recolhimento de IPTU e IPVA. Então, o que esperar para a partir do meio do ano? Vamos combinar também que o clima e crise instalados estão dando margem para boataria. Conferi e-mail de servidor quanto a comentários de que o tíquete-alimentação seria trocado por cesta básica. Não consegui confirmar veracidade. Bola de cristal. Até parece que Afrânio Machado Borges, em menos de três meses de sua posse como presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, já imaginava o que estava por vir. É que ele, detentor do apostilamento questionado, trocou o sindicalismo, após eleito pela categoria, pela presidência do Instituto de Previdência (Ipserv), indicado pelo prefeito, o que lhe garante remuneração superior a R$ 7 mil. É o único a se safar da surpresa, mesmo que indiretamente. A iniciativa de Afrânio causou rebuliço e muitos comentários ontem. O que mais se ouvia era: “Acreditamos em uma bandeira de luta e vimos, agora, entregues os interesses do servidor”. Silêncio. Falando em prefeito, ontem foi o primeiro encontro público entre ele e o vereador Antônio dos Reis Gonçalves Lerin, após o parlamentar ter disparado em plenário com denúncias na área da Saúde. Muita gente esperou que AA se manifestasse e retrucasse durante inauguração no Pacaembu. Mas nada foi dito. Escola. Depois de ler nota na Alternativa sobre a situação do Centro Avançado do Pacaembu, o presidente do Residencial Francisco Angotti, Renato Maia, entra em contato, alegando que nunca recebeu qualquer reclamação. Diz que esteve recentemente na escola e não presenciou abandono. Promete voltar e conferir. Ele não faz menção ao número de professores, que é a reclamação número um, confirmada por pais e servidores do local. Embora dizendo que não quer defender a Prefeitura, o representante do bairro aproveita para anunciar que vai recolher assinaturas para reivindicar do Estado a construção de uma escola estadual. Diz que o projeto e o terreno já existem, mas “falta o Estado agir”. Que venha o investimento! Escola nunca é demais, bem equipada e com professores. Trapalhada. Depois do episódio do IPTU, com publicação de lei não aprovada em plenário, mais uma bobagem. O Codau anunciou a suspensão de água para quarta-feira em mais de dez bairros, alegando que a causa seria corte de energia. Representantes da Cemig desmentiram a informação e explicaram que quando há situação do gênero a comunicação é feita oficialmente e em papel timbrado. A Cemig suspeita que tenha sido trote, mas os comentários são de que alguém no Codau teria feito uma brincadeirinha, por ser 1º de abril, Dia da Mentira. Mas esqueceu de desmentir...