Toma lá, dá cá
Mais unidades habitacionais do “Minha Casa Minha Vida” que estão fechadas ou ocupadas irregularmente em Uberaba serão retomadas nos próximos dias. No fim de junho, uma reunião entre representantes da Cohagra, da Superintendência da Caixa e do Ministério Público Federal definiu diretrizes para regulamentar a forma de retomada dos imóveis, bem como o encaminhamento dessas unidades a novos interessados, já cadastrados.
Lista pronta
Segundo o presidente da Cohagra, Marcos Jammal, uma lista contendo 300 nomes de famílias em situação de extrema vulnerabilidade já foi enviada ao MPF para análise. Na sequência serão convocados para confirmar o interesse e assinar o contrato. Não há um levantamento exato do número de casas nessa situação de irregularidade, mas, a julgar pelo número de nomes na lista, é de se presumir que são no mínimo 300.
Inadimplência alta
O índice de inadimplência dos mutuários da Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida é altíssim 38,6%. Na faixa 2, de imóveis maiores, a inadimplência gira em torno de 2%. Dados são nacionais, mas Uberaba não foge muito desses percentuais, segundo Jammal.
Vapt-vupt – Quem está acostumado à morosidade nas soluções que envolvem o Poder Público de modo geral nem vai acreditar. Mas é verdade. A Funepu abre hoje o prazo de inscrições para o processo seletivo dos servidores que irão trabalhar nas UPAs São Benedito e Mirante. Os atuais colaboradores foram contratados em caráter emergencial por um período de 90 dias e serão gradativamente substituídos pelos aprovados no processo seletivo. Raras vezes se vê uma atitude assim tão ligeira como no caso dos empregos nas UPAs. Palmas para a Funepu!
Empregos – A propósito, serão selecionados 400 candidatos para exercer funções administrativas, como porteiros, recepcionistas e assistentes administrativo, além de técnicos e profissionais de nível superior. Segundo o presidente da Funepu, José Eduardo dos Reis Félix, até o mês de setembro os aprovados já deverão estar trabalhando.
Na fila
As filas de contribuintes às portas da Aciu dobravam a esquina antes das 5h da matina desta quarta-feira, último dia do prazo para o parcelamento com desconto. A cena era impressionante e lembrava os tempos em que segurados ficavam à espera de ficha de atendimento no INSS! E, confirmando o que a PMU havia dito, o prazo não foi nem será prorrogado. Quem conseguiu pegar a senha ontem ainda será atendido para o parcelamento. Pela quantidade de pessoas que se viu nas filas o dia todo, é de se imaginar que serão necessárias no mínimo duas ou três semanas para zerar as senhas.
Vaquinha
Acredite se quiser: os vereadores fizeram “vaquinha” para comprar toner, porque não havia dinheiro na Câmara. Cada um deu cinco reais do próprio bolso. Não sei se é de rir, ou de chorar de rir. Se os vereadores tivessem juízo e enxugassem os quadros de assessores parlamentares em seus gabinetes, certamente não teriam de passar por esse vexame da “vaquinha”.
Tratorando
Com tramitação em regime de urgência, base governista conseguiu aprovar o projeto de lei de autoria do governo Pimentel criando os polêmicos fundos imobiliários para vender ou hipotecar imóveis do Estado. Segundo deputados de oposição, Pimentel vai dilapidar o patrimônio público para pagar o 13º salário no fim do ano, em vez de reduzir o número de comissionados e secretarias, assim como reduzir os privilégios de seus companheiros.
Cheque em branco
Em maio, o bloco de oposição na Assembleia Legislativa acionou a Justiça para denunciar que o governo Pimentel queria um cheque em branco para vender 1.355 imóveis do Estado, inclusive aqueles ocupados, como o Palácio da Liberdade, hospitais e vários prédios que abrigam delegacias de polícia. A partir da ação, o governo teve de reduzir a lista de 1.355 para 245 imóveis, muitos dos quais ocupados. Mas manteve a intenção de vendê-los sem a autorização legislativa necessária.
Aonde vai chegar?
A oposição minoritária na Assembleia Legislativa de Minas argumenta que outro problema grave do PL é o pagamento de aluguel para usar quase 5.500 imóveis próprios, atualmente ocupados a custo zero. Vai alugar até mesmo a Cidade Administrativa, depois de vendida! Os imóveis e o dinheiro do aluguel vão compor os ativos do Fundo de Ativos Imobiliários de Minas Gerais (Faimg) e o valor arrecadado será transferido para o Fundo de Investimentos Imobiliários de Minas Gerais (Fiimg), que negociará títulos no mercado. Segundo os parlamentares contrários a Pimentel, essa é mais uma pedalada do governo petista embutida no projeto, uma vez que esta negociação esconde uma clara operação de crédito a ser realizada sem autorização do Ministério da Fazenda e do Senado Federal, em total desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal. Sem contar que prevê a hipoteca de imóveis, criando uma despesa anual de R$700 milhões para pagamento de aluguel e provocando um rombo ainda maior nos cofres públicos. Socorro! Tudo isso bem debaixo do nosso nariz.