ALTERNATIVA

Cultos da saudades nos velórios

Apesar de ultrapassada leitores me pedem para defender a idéia do Culto da Saudade

Lídia Prata
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 14:26
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Vim resistindo a tocar nesse assunto ao longo dos anos, mas acabei vencida. Embora continue achando meio ultrapassada a ideia, são tantos os leitores que me abordam em velórios pedindo para defendê-la, que acabei convencida de que “a voz do povo é a voz de Deus”. Até alguns anos atrás, era comum nos velórios a instituição de um livro de ouro para doações, cujo montante depois era destinado a uma instituição de caridade pela família do falecido. Era o famoso culto da saudade. O valor arrecadado com os cultos da saudade era publicado no finado “Lavoura e Comércio”, a título de prestação de contas pela família. Era uma espécie de satisfação aos doadores, mas também rendia muitos comentários em sociedade, porque somas altas atestavam o prestígio do falecido. Quando morria um figurão, os asilos e creches “comemoravam” a renda extra para seus minguados cofres. Esse dinheiro, segundo consta, fez fartura para muitos pobres coitados, velhos, carentes. Depois os cultos da saudade “morreram”. Dizem que foram “assassinados” pelas críticas de forasteiros que aqui aportaram com língua viperina e espírito destruidor. Não sei. Foi o que me contaram. Hoje, com as instituições de caridade cada vez mais necessitadas de ajuda e contribuição, não falta quem defenda a volta dos cultos da saudade nos velórios. É uma ideia. Precisa achar quem queira “ressuscitá-la” na prática! Trombadões. Por falar em velórios, é preciso puxar as orelhas da administração do cemitério São João Batista. Os vasos continuam cheios d’água (e de flores naturais) em cima dos túmulos, em pleno verão e diante do risco de dengue. Estão na contramão das ações para evitar a proliferação do mosquito transmissor. Se não bastasse, a área externa está lotada de “trombadões” que se oferecem para “vigiar” os carros! SOS!   Fórum ambiental. Por iniciativa do Sindicato Rural, Uberaba vai sediar o II Fórum de Legislação Ambiental no dia 9 de fevereiro, a partir de 13h30, no Centro de Eventos da ABCZ. Para o evento estão previstas as participações do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes (se ele não cair até lá), dos secretários estaduais de Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, e Agricultura, Gilman Viana, além da presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, e da Faemg, Roberto Simões.   Mudanças já. Segundo o presidente do SRU, Rivaldo Machado Borges Jr., o Código Florestal precisa de mudanças urgentes e esse fórum servirá para discutir e formatar sugestões nesse sentido. As leis que tratam do assunto não são claras, gerando dúvidas e confusões que atrasam e dificultam o licenciamento ambiental e, consequentemente, a contratação de financiamentos agrícolas com os bancos oficiais. Isso precisa mudar.   Custo elevado. Em vista ontem ao JM, Marcos Silva, Oscar Caetano e Romeu Borges, integrantes da Comissão de Meio Ambiente do SRU, defenderam a redução da carga tributária incidente sobre o licenciamento ambiental. Minas Gerais é o campeão na cobrança de taxas caras também nesse setor, como em tantos outros. Para se ter uma ideia, o custo final de um licenciamento ambiental em Minas não sai por menos de R$ 20 mil, entre elaboração de projeto e taxas.   Deixa chover. Impossível agradar a todos. Enquanto uns se queixam da chuvarada de janeiro, que tanta destruição provoca nas metrópoles, os ruralistas comemoram o aguaceiro. Tal é a alegria dos produtores, que o presidente Rivaldo Júnior saiu com esta: “Antes barro que poeira”.   Tudo errado. Falta seriedade ao governo federal no que se refere ao campo. Crítica vem das lideranças rurais uberabenses, injuriadas com a falta de uma política de preços mínimos para os produtos agrícolas. Segundo se queixam, esse é o principal motivo da instabilidade no campo.   Queda livre. Se as previsões do presidente Rivaldo Junior se confirmarem, a produção agrícola brasileira deve despencar em oito milhões de toneladas de grãos este ano. No mínimo. Tudo em razão dos custos altíssimos de produção, além da pressão ambiental e da falta de recursos oficiais para financiamentos.   Sortudos. Rui de Castro e Patrícia Orsi foram os sortudos que acabam de ganhar pizzas da Fornace, no sorteio mensal promovido pela pizzaria entre seus clientes cadastrados pelo site. Todo mês são dois clientes premiados. Você pode ser o próximo. Basta acessar o site e se cadastrar. Não custa nada tentar...   A um passo. Hospital e Maternidade São Domingos comemora seus 49 anos de fundação com uma missa em ação de graças, neste sábado, às 18h. Quase meio século depois de sua inauguração, o São Domingos continua sendo uma grande referência no tratamento de qualidade em saúde em Uberaba e região.

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