ALTERNATIVA

Delação da JBS joga por terra os primeiros sinais de recuperação

Lídia Prata
Publicado em 18/05/2017 às 08:26Atualizado em 16/12/2022 às 13:16
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O que será do Brasil?

Presidente Michel Temer foi gravado por Joesley Batista dando aval para o pagamento de uma "mesada" a deputado cassado Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro para ficarem de bico calado na prisão. Esse foi o conteúdo principal da delação premiada do dono da JBS, feita em março, mas só divulgada no início da noite dessa quarta-feira. Essa delação é simplesmente devastadora para o país, num momento em que a economia começava a dar os primeiros sinais de recuperação. O que nos aguarda é realmente uma incógnita. Ninguém sabe exatamente o que poderá acontecer daqui pra frente, seja na política ou na economia. Até o fechamento da coluna, falava-se em renúncia de Temer, eleições indiretas (já que o governo cumpriu mais da metade do mandato), ou eleições diretas... Se o governo Temer já não tinha aprovação popular, agora sua situação tornou-se insustentável. E o pior: essa sugestão de compra do silêncio do deputado Eduardo Cunha iguala o presidente Temer à sua antecessora Dilma Rousseff em matéria de podridão moral.

Nocaute

Com essa delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, o futuro político do senador Aécio Neves também fica definitivamente sepultado. Aécio foi gravado pedindo R$2 milhões ao dono da JBS, ao argumento de que o dinheiro seria usado para pagar os advogados que o defendem na Lava-Jato. A entrega do dinheiro foi feita a um primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, o Fred, ex-diretor da Cemig. Sabe quem levou o dinheiro a Fred? O diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, braço direito de Joesley Batista. Foram quatro entregas de R$500 mil, mas a PF só filmou uma delas. É... Uberaba está em todas!

Mesma língua

Secretário de Administração, Rodrigo Vieira, reuniu-se nessa quarta-feira com todos os responsáveis por Recursos Humanos das diversas secretarias municipais, para uniformização dos procedimentos. Sugestões e reclamações do dia a dia do RH de cada pasta acabaram vindo à tona também.

Vende-se – Depois de ter-se desfeito de US$13,6 bilhões em ativos no ano passado, a Petrobras definiu seu plano de recuperação financeira até o final de 2018. Além da venda do Campo de Azulão, já iniciado, e da refinaria de Pasadena e Petrobras África (anunciadas), a Petrobras vai se desfazer da BR Distribuidora.

Nova chance – O que renova as esperanças de Uberaba em relação à fábrica de amônia é a inclusão das unidades de fertilizantes no plano de venda de ativos da Petrobras até o final de 2018. Isso porque, assim como nos campos de petróleo em terra e águas rasas, fábricas de biocombustíveis e participação em refinarias, a empresa já confirmou interesse em vender as unidades de fertilizantes. Será a chance de Uberaba ver a sua planta de amônia ser vendida a investidores nacionais ou internacionais capazes de colocá-la em funcionamento.

Terceirização

Codau rendeu-se à terceirização da sua frota. Além dos veículos próprios, está partindo para a locação de 41 veículos leves e 15 caminhões, mediante licitação. Em aditivo publicado no Porta-Voz, na semana passada, o Codau acrescentou mais seis veículos em dois dos contratos existentes, onde estão inseridos 39 veículos, totalizando o valor global de R$1.165.264,96 por um período de 24 meses.

De olho na economia

Segundo o presidente do Codau, esse valor superior a R$1 milhão não se refere apenas aos seis veículos novos, mas a toda a frota de 39 veículos objeto de contratação de locação. Luiz Guaritá Neto ressalta que essas locações têm um custo/benefício bastante atraente para o Codau, na medida em que incluem todas as manutenções corretivas, preventivas e preditivas, além da reposição de peças, pneus, impostos, seguros, identificação visual, seguro e outros serviços. Isso nos permite dar maior agilidade na solução dos problemas mecânicos e de outras naturezas e, consequentemente, maior agilidade na prestação dos serviços do Codau.

Nas urnas de novo

O Tribunal Regional Eleitoral marcou para o dia 2 de julho as eleições suplementares para prefeito e vice nos municípios de Campo Florido e Canaã (Zona da Mata). No período de 24 a 29 de maio, os partidos políticos poderão realizar convenções para definir seus candidatos, sendo que o prazo para registro de candidaturas terminará no dia 1º de junho. No dia seguinte, os candidatos poderão iniciar a propaganda eleitoral. A diplomação dos candidatos eleitos deve ocorrer até o dia 21 de julho.

Não deu

Em Campo Florido, o candidato a prefeito mais votado, Ronaldo Castro Bernardes (Coligação “A voz e a vez do povo” – PR / PT do B / PT / PSDB / PMDB / PSC/ PC do B / PTB / PTC) teve seu registro indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral por ter tido contas públicas rejeitadas. Embora tenha tido o registro de candidatura deferido pelo TER-MG, Ronaldo teve o pedido indeferido posteriormente pelo TSE. Ele foi eleito, chegou a governar o município vizinho até abril deste ano, quando saiu a decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Desde então, o presidente da Câmara Municipal assumiu interinamente o Executivo.

Aleluia!

Em reunião no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), nessa quarta-feira, o Governo de Minas e o Banco do Brasil fecharam acordo para o pagamento dos alvarás pendentes por causa do impasse relativo aos depósitos judiciais. A quitação será feita de maneira escalonada, com início previsto para o dia 23, próxima terça-feira. Segundo o advogado-geral do Estado, Onofre Alves Batista Júnior, serão abertas contas específicas e, até o final deste mês, serão pagos os alvarás com valores de até R$20 mil. Em junho será a vez dos alvarás com valores de até R$50 mil e, acima desse valor, o Governo de Minas fará aportes mensais de R$10 milhões, a partir de 31 de julho deste ano. Até que enfim essa história de “alvarás sem fundos” terá um desfecho em Minas Gerais. Palmas para a OAB/MG, que enfrentou a questão com vigor.

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