ALTERNATIVA

Desgaste da Cidadania a Marco Feliciano leva Câmara a suspender homenagens até dezembro

Lídia Prata
Publicado em 18/08/2021 às 21:09Atualizado em 18/12/2022 às 15:46
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HOMENAGENS SUSPENSAS

Depois do bafafá em torno da concessão do título de Cidadania Uberabense ao pastor Marcos Feliciano, o presidente Ismar Marão decidiu suspender todas as homenagens da Câmara até o final do ano. Decisão foi tirada em reunião na sexta-feira, 13, em que os vereadores discutiram o desgaste enorme que esse título causou à imagem do Legislativo. Algumas medidas estão sendo estudadas para estabelecer regras mais rigorosas a partir de 2022, sendo certo que uma delas vai determinar que a votação seja nominal. Ou seja, essa história de votação por aclamação vai acabar. Até aqui era feita a leitura do requerimento indicativo da homenagem, e aqueles que concordavam permaneciam “como estavam”, sentados. Deu no que deu.

FAZER O QUÊ?

A vinda de venezuelanos para Uberaba e a situação deles aqui serão tema de audiência pública marcada para esta quinta-feira, ás 16h30, com transmissão pela TV Câmara e YouTube. Iniciativa é da vereadora Rochelle Bazaga, que convidou o Padre Fabiano, secretária de Desenvolvimento Social, Giscele Gomes, delegado da Polícia Federal, dentre outros. Para quem não sabe, o Padre Fabiano tem um trabalho muito bonito de acolhimento de imigrantes, chamado Projeto Ágape. Atualmente assiste cerca de 50 venezuelanos, incluindo 11 crianças, abrigados em 3 casas alugadas no conjunto Alfredo Freire. O problema é que por semana estão chegando 20 pessoas ou mais, vindos por Rondônia, e a situação começa a fugir ao controle. Querendo ou não, esses imigrantes impactam a rotina da comunidade. Alguns pedem donativos em cruzamentos de trânsito, outros precisam de assistência médica, mas não são assistidos pelo SUS. Estão aqui de forma ilegal.  As crianças precisam de escola, mas só falam espanhol. Enfim, é preciso discutir o que fazer com os imigrantes e por eles, antes que se tornem um problema social de grandes proporções. O problema vai além da questão humanitária.

CENTENAS

Não só venezuelanos circulam por Uberaba, mas também haitianos. Extraoficialmente fala-se que há cerca de 500 deles na cidade.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Por falar na vereadora Rochelle Bazaga, ela esteve no JM nesta quarta-feira para entregar a prestação de contas dos sete primeiros meses do seu mandato parlamentar. Veja só: 479 encontros e reuniões; 483 requerimentos, indicações e ofícios; mais de 5 mil mensagens nas redes sociais e whatsapp; 3 edições do gabinete itinerante e 16 projetos de lei apresentados. Destaque ainda para a iniciativa da vereadora de provocar a inédita audiência pública para discussão sobre o transporte público na cidade, na qual as planilhas de custos das concessionárias foram esmiuçadas, com total transparência. Pois é. Quem quer, faz. Quem não quer, acha desculpa…

GRANDE IMPACTO

Nesses primeiros meses de seu mandato, Rochelle visitou todos os CRAS e abrigos para crianças e adolescentes vítimas de violência. Ficou altamente impactada com o que viu, principalmente na Casa do Adolescente, instituição que abriga menores na faixa etária dos 12 aos 18 anos. Além da sujeira e de outros vários problemas por ela discutidos com a secretária Giscele Gomes, Rochelle observou que não havia internet à disposição dos abrigados. Aliás, a maioria deles, segundo a vereadora, tem algum tipo de comprometimento mental. Quadro desolador, que exige muito preparo emocional dos cuidadores.

EXPLICAÇÕES DE SILVANA

A propósito da nota publicada por esta coluna na edição de ontem, a ex-secretária municipal de Educação, Silvana Elias, se posicionou. Por mensagem de whatsapp, ela conta que está fora do Brasil e desde 21 de julho não responde mais pela Educação na vizinha Igarapava. “Desde quando assumi o trabalho em março de 2021, o foco foi o planejamento para a volta às aulas presenciais, com muita cautela e de forma integrada com o Departamento de Vigilância em Saúde, Conselho Municipal de Educação, Escolas Privadas e Filantrópicas, analisando periodicamente os dados da pandemia, por meio de reuniões semanais com o médico responsável. Lá, o Conselho Municipal de Educação votou em plenária pelo retorno gradativo, a partir de agosto e iniciando pelo ensino médio, 9ºs anos e 5ºs anos, com apenas 30% do alunado. Lembrando que em Igarapava alunos de 5ºs, 9ºs e Ensino Médio não frequentam a mesma estrutura física. São prédios separados”. Além disso, Silvana destaca que “em Igarapava, a situação da pandemia era bastante segura, inclusive com a vacinação de toda a população acima de 18 anos, sem contar os preparativos para o retorno.

PLANEJAMENTO DIFERENCIADO

A ex-secretária de Educação ressalta também que, em Igarapava, “o médico responsável e equipe de Vigilância em Saúde estiveram presencialmente com as equipes de cada escola, para capacitação e orientações dos diversos grupos de servidores e professores. A saúde acompanhou, acompanha e avalia cada semana de aulas. Mesmo com a pandemia controladíssima e com todo o aparato disponível, a volta lá tem sido passo a passo. O planejamento e a integração com os órgãos de controle foram fundamentais na decisão. Sem contar que no estado de SP começam a vacinar de 12 a 18 anos na próxima semana”.

OUTRO FOCO

Por outro lado, Silvana Elias ressalva que o grupo Observatório Político, do qual faz parte, não questionou o retorno às aulas presenciais, pois entende já seria possível o retorno gradativo. O questionamento foi direcionado apenas “à forma como tem sido feita a retomada das aulas presenciais: “sem planejamento integrado, permitindo o retorno de praticamente todos os alunos, sem capacitação dos profissionais para lidar com as questões relacionadas  à pandemia, sem reuniões com as famílias, sem EPIs adequados para professores e servidores, sem material de limpeza e higiene em quantidade adequada às escolas, sem as condições adequadas para o transporte escolar, inclusive utilizando ônibus do transporte escolar, de uso exclusivo de alunos, para transportar profissionais para a zona rural.” E arremata: “Em momento nenhum a intenção do grupo de profissionais que subsidiam e colaboram com o Observatório é fazer a crítica pela crítica, mas avaliar, de forma isenta e responsável, os fatos e a política municipal de educação, para assegurar que as conquistas realizadas  ao longo de décadas e registradas em documentos específicos não se percam no período pandêmico e pós- pandêmico”.

ALYSSON AQUI

Indicado para o Prêmio Nobel da Paz, o ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli estará em Uberaba nesta quinta-feira.

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