(Foto/Divulgação)
Tempo esquentou na reunião de representantes da região com o secretário de Saúde, Fabio Baccheretti, na tarde desta segunda-feira. O pivô das discussões acaloradas foi a divisão dos recursos para o custeio do Samu Regional. Isso mesmo. Prefeitos da região não querem abrir o cofre para pagar sua quota no rateio. Sem acordo, sem Samu Regional agora. Por isso, a data de início das operações, que seria agosto, foi adiada para novembro.
VÁ COM DEUS
Não é de hoje que os secretários de cidades polo, como Uberaba, vivem se queixando que os Prefeitos de municípios vizinhos não ajudam a manter atendimento regional na saúde. Tão ou mais grave é o fato de que municípios não tratam o paciente na origem. Preferem enfiar esses pacientes em ambulância e mandar pra Uberaba, sob justificativa de que aqui tem mais recursos. Tudo bem. Uberaba de fato tem melhor estrutura médico-hospitalar. Mas há casos que poderiam ser tratados em unidades básicas no próprio município.
MAIS UMA
Acredite se quiser: a reunião realizada no gabinete da prefeita foi articulada pelo deputado estadual Arnaldo Silva, do União Brasil, de Uberlândia! É mais um forasteiro entrando aqui. Elisa aproveitou e, junto com a secretária Valdilene Rocha, pediu ao deputado uberlandense recursos para construir uma nova sede para a UBS Copacabana. A prefeitura já possui o terreno. E o deputado garantiu emenda para a construção! Agora é ficar no pé para o deputado não esquecer a promessa.
CADA UM NA SUA
Na pauta de Elisa com o secretário Bacheretti um dos pontos mais relevantes foi a defesa da prefeita sobre a necessidade de ampliação dos leitos na região, pois Uberaba está com alta demanda, sendo que há municípios vizinhos com estrutura para receber pacientes. O secretário de saúde disse que vai tomar providências quanto às alternativas discutidas na reunião. Oremos!
COMO ASSIM?
Voltando à novela do Samu Regional, já foi enviada toda a documentação para a formalização do convênio, estabelecendo a forma de repasse dos recursos para o custeio do Estado para o Cistrisul. Essa etapa é fundamental para garantir obrigações e responsabilidades, antes do serviço entrar em operação. A exemplo do Hospital Regional, o custeio do Samu Regional é tripartite, cabendo uma parte ao Estado, outra parte à União e a terceira parte aos municípios. Muita gente pode estar se perguntando por que o Cistrisul já começou a chamar os profissionais classificados para atuar no Samu Regional, se nem uma data definida existe para entrar em operação. A explicação que ouvi foi que vão deixar tudo pronto. Aí resta saber se os classificados nos processos seletivos vão esperar até novembro para serem contratados e passarem a prestar serviços. Afinal, serão mais de 4 meses de espera...
VEM QUE TEM
E o vice-prefeito está mesmo com a corda toda na prefeitura. Quem fez as honras, pela manhã, com o secretário Bacheretti durante as visitas no Instituto Maria Modesto e Hospital Mário Palmério foi Mauricinho de Sá. Enquanto Elisa teve reuniões no gabinete, inclusive sobre a decoração de Natal, Mauricinho recepcionou o secretário de Estado e acompanhou toda a visita da manhã. Chegou, inclusive, a discutir a necessidade da ampliação de leitos.
PROJETO JÁ
Convidado para falar sobre a matemática nas eleições de 2026 durante a reunião de diretoria da ACIU, na noite desta segunda-feira, Fabiano Elias deu uma verdadeira "aula" sobre erros e acertos de candidatos e eleitores uberabenses. Deixou claro que não será nada fácil recuperar o tempo perdido, porque os espaços antes ocupados pelos nossos deputados já foram preenchidos por parlamentares de outros municípios. Para ter fim, a orfandade política de Uberaba vai precisar de um projeto muito bem estruturado, sob pena de repetirmos o fiasco de 2022. Só de boa vontade ou da boa intenção de alguns esse quadro não será revertido.
TIRO NO PÉ
Fabiano Elias destacou, ainda, que candidato que entrar na disputa sem embasamento em pesquisa qualitativa séria vai dar um tiro no pé. É essa modalidade de pesquisa que vai mostrar qual o perfil de candidato que o eleitor uberabense quer para representá-lo em Brasília ou em Belo Horizonte.
DIFICULDADE À VISTA
Além da dificuldade decorrente da perda de espaço na região, Uberaba contará com outro obstáculo: a matemática. Candidato que não souber fazer contas pode tirar o cavalinho da chuva. Será necessário avaliar o quadro de candidaturas, antes de definir sua filiação partidária. Para se ter uma ideia, considerando os votos (arredondados) da eleição passada (11 milhões), divididos pelo número de deputados do Estado, serão necessários 142.858 votos para um candidato conseguir uma cadeira na Assembleia de Minas. A disputa para deputado federal será ainda mais acirrada. Considerando o número de votos válidos (11,2 milhões) divididos pelo número de cadeiras que Minas tem na Câmara Federal, serão necessários 211.320 votos para eleger um candidato. Claro que esse total é para que o partido consiga uma cadeira. Mas vai levar a melhor quem for mais votado no partido.
ESTRATÉGIA
Ainda na avaliação de Fabiano Elias, que é um dos maiores estrategistas políticos da região, a cidade vai precisar de uma estratégia bem definida para reconquistar espaço na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. A começar por marcar presença em locais públicos, redes sociais e eventos, batendo na tecla da necessidade de uberabense votar em uberabense. Ou todos se dão as mãos, e trabalham em conjunto, ou vamos amargar mais quatro anos de pires na mão esmolando recursos para deputados de Araguari, Patos de Minas, Araxá, Uberlândia...
PARA 2026
Início das obras de revitalização da rua Artur Machado está previsto para março de 2026 e terá 8 meses de duração. Confirmação é da secretária Érika Cunha, titular da Secretaria Especial de Projetos e Parcerias (Seppar) também na reunião da diretoria da ACIU na noite desta segunda-feira. Segundo Érika, até lá serão revisados os projetos para consubstanciar o processo licitatório, o que demanda tempo. Vale destacar que a obra da Artur Machado tem custo estimado em R$ 4,5 milhões, financiados pela CAF naquele contrato guarda-chuva de US$ 72 milhões.
