Cartilha do vizinho
Enquanto Uberaba ainda patina no sistema de segurança por videomonitoramento, a vizinha Araxá prepara farto material sobre o tema para ser apresentado semana que vem durante o I Fórum de Cidades Digitais do Triângulo Mineiro, que será realizado aqui na cidade. O sistema implantado lá, segundo revela o secretário de Segurança Urbana e Cidadania, Élvio Bertoni, é composto atualmente por 33 câmeras ligadas a uma central operada por servidores municipais de vigilância patronal e coordenada pela Polícia Militar. Bertoni adianta, ainda, que outras 22 entrarão em funcionamento dentro de 60 dias. Pois é. O governo municipal de Araxá elegeu a segurança como prioridade e tem investido na prevenção e repressão à violência, com resultados altamente positivos. Para os vizinhos, não interessa se a obrigação de garantir a segurança pública é do Estado ou da União. Interessa que o problema tem de ser resolvido. E o Poder Público atendeu aos apelos da população, investindo nessa área.
Solução doméstica
O anúncio do convênio com Uniube e UFTM (via Funepu) para a gestão do Hospital Regional não foi surpresa. Apenas oficializou o que o próprio prefeito Paulo Piau havia antecipado ao Jornal da Manhã. No entanto, a solução caseira não está livre de questionamentos judiciais. Na tarde passada havia um enorme zunzunzum dando conta do manejo de peça processual para contestar a contratação das duas entidades, com dispensa de licitação. Questões técnicas e legais à parte, o que importa é que o Hospital Regional abra logo suas portas para atendimento à população. Não dá mais para ficar esperando, especialmente vendo aquele prédio fechado há anos, se deteriorando e correndo o risco de furtos de equipamentos e objetos lá guardados.
Nota fora
Na solenidade dessa sexta-feira, no Hospital Regional, o que não faltou foram discursos. Mas o que chamou a atenção dos presentes e provocou um mexe-remexe nas cadeiras foi o conteúdo do pronunciamento do deputado estadual Tony Carlos. Lá pelas tantas, ele resolveu (sabe-se lá por que razão) reverenciar o ex-secretário de Saúde Fahim Sawan, atribuindo a ele os “louros” do Hospital Regional. Como assim?
Denúncias – Com a retomada das atividades forenses na segunda-feira, o promotor de Justiça João Vicente Davina terá dois “abacaxis” enormes para descascar. Trata-se de duas denúncias envolvendo o município, que teriam sido protocoladas enquanto ele estava de férias. Consta que uma delas refere-se a prestação de serviços de iluminação pública. Resta saber se as denúncias terão desdobramentos.
Mais uma – Uma terceira denúncia, desta vez distribuída ao promotor Emanuel Carapunarla, envolve matéria de ordem tributária. À colega Thassiana Macedo o representante do MP confirmou ter recebido a denúncia, mas não quis falar sobre o caso.
“The Flash”
A morosidade das decisões é uma das maiores críticas que todos nós fazemos ao Judiciário brasileiro. Mas, em Uberaba, uma juíza federal tem chamado a atenção por sua rapidez. Alguns até brincam que ela é a “juíza WhatsApp”, tal a sua agilidade. Trata-se da juíza Fátima Aurora Guedes Afonso Archangelo. Recentemente, ela concedeu tutela de urgência em menos de 24h, numa questão complexa relacionada com suspensão de pensão por morte. E não foi decisão sucinta, sem fundamentação. Foram sete laudas.
Vapt-vupt
Na Justiça comum, o magistrado Fausto Bawden igualmente tem-se destacado pela rapidez em suas decisões na área de Família, sendo comum decidir questões relacionadas com afastamento de cônjuge do lar, fixação de pensão provisória, diligências diversas tão logo distribuídas as ações Com relação a embargos declaratórios, questão mais simples, a resposta vem como WhatsApp: vapt-vupt. Tanto Fausto Bawden quanto Fátima Archangelo (que não conheço pessoalmente ainda) são bons exemplos que precisam ser valorizados e multiplicados no Judiciário brasileiro.
Facadinha
Depois da gasolina, agora é a luz. A partir de terça-feira estará em vigor a bandeira vermelha, aquela que faz as contas de energia elétrica extrapolarem a estratosfera. Desse jeito vamos ter de trocar as lâmpadas por velas...
Sujeira
Relatório da limpeza urbana revelado pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos aponta para números impressionantes em Uberaba. Entre fevereiro e junho deste ano, a capina totalizou 6.000km, enquanto a limpeza pesada, com máquinas, incluindo resíduos sólidos, entulho e lixo, bateu a marca de 7.185 toneladas, o que dá uma média de 1.437 toneladas por mês. É lixo que não acaba mais. Enquanto aqui o lixo produzido pelos cidadãos gera apenas despesa para os cofres públicos, na Suíça as pessoas têm de pagar pelo lixo que produzem. Quem gera mais lixo paga mais caro.
Bueiros
Dos bueiros de Uberaba foram recolhidos (pasme) 100 toneladas de lixo entre fevereiro e junho deste ano. Até aparelho de TV foi tirado de bueiro. Francamente. É muita falta de educação e de civilidade ficar jogando lixo na rua e nos bueiros. Fora do Brasil essa atitude rende multa pesada para o cidadão “sujismundo” que joga lixo onde não deve.
