Dúvidas sobre o Água Viva. Para tentar sepultar de vez as dúvidas sobre o Água Viva, o Codau decidiu publicar nos jornais locais (JM, página 3, edição de hoje) uma explicação detalhada sobre o projeto original (chamado de Água Viva I) e o projeto complementar, concebido no governo Anderson Adauto (chamado Água Viva II). Um dos detalhes que merecem atenção é a explicação sobre o comprometimento financeiro do Município em longo prazo. Ao contrário do que se pensava, o Município não irá contrair mais R$ 213 milhões de dívida para executar o Água Viva (I e II). Parte desse valor, segundo a nota do Codau, já está incluída na dívida consolidada do Município, que hoje gira em torno de R$ 120 milhões. Pelo que se conclui da explicação do Codau, obras do Água Viva, como ETE Conquistinha, piscinão e o discutível parque da cidade (na área da Univerdecidade), por exemplo, já se incluem na dívida consolidada do Município.
Futuro gessado. Se estiver correta a conclusão sobre o impacto do Água Viva na saúde financeira de Uberaba, isso significa que o total da dívida consolidada de Uberaba não será de R$ 333 milhões, como se pensava, ou seja, R$ 120 milhões já consolidados mais R$ 213 milhões do Água Viva. Será um pouco menor. Mesmo assim, considerando a capacidade de endividamento total de R$ 450 milhões, é bem provável que o próximo prefeito de Uberaba pouco ou quase nada possa fazer se tiver de buscar recursos de novos financiamentos. As finanças municipais estarão comprometidas com o pagamento das dívidas atuais. Detalhes interessantes. Ainda na nota de esclarecimento do Codau, chama a atenção (pelo menos a minha chamou!) o conjunto de ações incorporadas ao projeto original. Na primeira versão, de 2002, eram 32 ações, entre obras e serviços, demandando recursos de R$ 89,2 milhões. Na segunda versão, de 2008, foram incorporadas outras 28 ações, que, embora em menor quantidade, são mais caras, totalizando novos investimentos da ordem de R$ 103,9 milhões. Por quê? Segundo se conclui ainda da nota de esclarecimento do Codau, os únicos recursos “novos” do Água Viva são justamente os R$ 28 milhões que o Codau pretende financiar com autorização da Câmara, através do projeto que está em tramitação desde o início da semana. Todos os outros financiamentos já foram autorizados pelo Legislativo anteriormente e envolvem maior volume de recursos financeiros. Ou seja, os vereadores só resolveram enxergar o Água Viva agora, na menor parte da “dívida”. Investigando – Ontem, os vereadores Godoy, Borjão e Ripposati foram a Uberlândia buscar informações junto à Caixa sobre o pedido de financiamento do Codau para o Água Viva II. A julgar pelo que ouvi, a reunião de segunda-feira vai incendiar a Câmara... Pretinho básico – Anote na sua agenda: dia 27 de fevereiro tem Feijoada do Jockey, abrindo o calendário festivo do clube em 2010. Olha só o que a diretoria de José Marcos Leão vai aprontar: na animação, bandas Dibadá e Cruzeiro do Sul. No buffet, Agnelo Peres. E na divulgação, a competente turma da Solis. De volta – Sabe quem está de volta à Fornace Pizzaria? O simpático francês Robert Julien. Ponto para a família Abdala, que conquistou o passe de um dos maiores experts em gastronomia mundial, além de RP de primeira. Delírios – Presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra só pode estar zoando. Ontem, em entrevista, ele defendeu a candidatura do vice- presidente da República a governador de Minas, para “unificar os pré-candidatos da base governista”. Estreia – Time de esportes da Rádio JM conquista mais um craque: Davi Augusto. Sua estreia será neste sábado, no comando de programa esportivo que vai ao ar a partir de meio-dia, falando de futebol e, principalmente, dos preparativos do USC para o jogo de amanhã, em Uberlândia. Fique ligado na Rádio JM, AM 630.