Caso perdido
A corrupção no Brasil parece mesmo caso perdido. Agora a Controladoria-Geral da União descobriu uma série de maracutaias no Prouni. A CGU investigou os dados de um milhão de alunos bolsistas, mais um milhão e meio de candidatos inscritos em processo seletivo e outro 1,8 milhão de familiares indicados pelos estudantes bolsistas, no período de 2005 a 2012. Do total de estudantes que receberam normalmente o benefício, 47 já tinham morrido. Outros 4.400 bolsistas tinham renda familiar infinitamente superior ao limite estabelecido como requisito para a concessão da bolsa, que é de no máximo três salários mínimos. Pois é. E só agora, 10 anos depois da constatação dessas irregularidades, é que a CGU recomendou ao Ministério da Educação criar mecanismos de controle e fiscalização para evitar novas fraudes. Por que o próprio Ministério já não fiscalizou isso antes?
Caldeirão político
O que será das eleições municipais de 2016 ninguém pode prever a esta altura dos acontecimentos. Mas nos bastidores políticos as conversas e negociações estão fervendo. É tido como certo, por exemplo, que Lerin e Piau voltarão a se enfrentar nas urnas. Consta, inclusive, que o prefeito tem articulado com aliados para assumirem o comando do maior número de partidos pequenos possível, obviamente com vistas a assegurar mais tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV. Especula-se, ainda, uma eventual candidatura de Wagner Junior a prefeito, outra vez. Além disso, fala-se de uma renovação verdadeira, que poderá surgir via PSD, de Marcos Montes.
Novidade eleitoral
O deputado federal Marcos Montes tem afirmado e reafirmado que não pretende voltar a disputar o cargo de prefeito de Uberaba. Cumprindo seu terceiro mandato parlamentar em Brasília, MM sedimentou sua atuação na Câmara Federal, assumindo importantes cargos em comissões e frentes parlamentares. Porém, mesmo que seja candidato a prefeito, MM estará seguramente engajado no processo sucessório. E, a julgar pelo volume de novos nomes recentemente filiados ao PSD pelas mãos de Montes, não será surpresa se o partido lançar um nome verdadeiramente novo na disputa majoritária de 2016. A conferir.
Especulações – Enquanto os partidos não referendam oficialmente seus candidatos, o que só deverá acontecer no ano que vem, as especulações correm à boca pequena. Fala-se, por exemplo, em possível candidatura do médico cardiologista Celso Salgado, uma das maiores autoridades mundiais em marca-passo.
Será? – Outro nome cogitado intensamente nos bastidores é o do empresário Matusalém José Alves (leia-se Zebu Carnes). Líder classista que desfruta de excelente conceito entre seus pares, Matusalém fez fortuna à custa do próprio trabalho e é sempre apontado como exemplo de sucesso profissional, o que o credencia largamente a administrar com sucesso uma cidade como Uberaba. Resta saber se ele topará submeter seu nome ao julgamento popular das urnas.
E a Praça?
Moradores do bairro Estados Unidos já cansaram de reivindicar atenção para o estado de abandono em que se encontra a praça Carlos Gomes. Dentre outras coisas, o calçamento, em boa parte de pedra portuguesa, está se soltando. As pedras soltas vêm provocando tombos em pessoas idosas principalmente. É bem verdade que a PMU andou remendando o passeio com cimento, mas não deu certo. Não é a técnica adequada para reparar o passeio de pedra. E aí o problema volta com tudo! Isso sem contar as árvores mortas que precisam ser substituídas, os buracos na cerca de arame da quadra de esportes e a péssima iluminação!
Semáforo
Leitores recorrem à coluna, pedindo que o prefeito cumpra a promessa de instalar um semáforo no cruzamento da rua da Constituição com a avenida Capitão Manoel Prata, onde acontecem diversos acidentes.
Transparência
Maior transparência. Foi implantado na semana passada um link no site da Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais (www.caamg.com.br), que permite ao advogado mineiro acompanhar o andamento do seu processo de concessão de auxílio pecuniário. “A nova ferramenta – afirma a secretária-geral adjunta da NOVACAA, Fabiana Faquim – representa, além de maior transparência, comodidade e economia, especialmente ao advogado do interior”.
A vez do etanol
Os benefícios para o consumidor sobre a redução do ICMS para o etanol, de 19% para 14%, foram discutidos, quinta-feira, 21, durante audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool no Estado de Minas Gerais (Siamig), Mário Ferreira Campos Filho, apesar das dificuldades no setor, a redução do preço trouxe pouco impacto para o consumidor, já que os setores de revenda têm suas políticas e o mercado é livre. Mário frisou, porém, que a medida de redução do imposto foi importante para a indústria do etanol, embora tenha chegado com um atraso de dez anos, se comparado ao Estado de São Paulo, que adotou a medida em 2004. Ele explicou que hoje o produtor vende o álcool a R$ 1,23 e outros R$ 0,33 são de impostos. “Toda a diferença consiste em frete, margens da distribuidora e de custo”, afirmou. Segundo Mário, atualmente o preço médio do etanol cobrado ao consumidor final é de R$ 2,24 em Minas. Mas o Siamig não tem como interferir no preço final ao consumidor para reduzi-lo.