ALTERNATIVA

Ex-presidente da Codau defende buscar água no Rio Grande

Lídia Prata
Lídia Prata
lidiaprata@jmonline.com.br
Publicado em 16/09/2022 às 21:51Atualizado em 18/12/2022 às 06:28
Compartilhar

Distante dos holofotes políticos há uma década, o presidente da Codau no governo Anderson Adauto acredita que “Uberaba não tem outro caminho senão buscar água no Rio Grande”. Convidado pelo programa O Pingo do Jota, José Luiz Alves disse com todas as letras que a situação do abastecimento de água na cidade poderia estar mais confortável hoje, caso seu sucessor não tivesse trocado um projeto de captação de água no Rio Claro pela barragem da Prainha. “O projeto estava pronto e o dinheiro garantido para fazer a obra” - destacou José Luiz.

GAMBIARRAS

No governo Anderson, a Codau chegou a fazer um estudo idêntico ao que está sendo feito novamente agora, para saber o que era mais viável para garantir água para os uberabenses nos 20 anos seguintes. Foram estudadas as alternativas dos rios Claro, Grande, Araguari e a perfuração de poços profundos. Na época, segundo José Luiz, a opção recaiu sobre o Rio Claro por ser uma alternativa mais conveniente, já que foi considerado mais perene, com água mais límpida e o custo menor. O projeto para captar água no rio Claro demorou um ano para ficar pronto. José Luiz o colocou debaixo do braço e foi para Brasília em busca de dinheiro para custear a obra. Quando deixou o cargo, na mudança de governo, o projeto da nova adutora estava pronto e os recursos a fundo perdido estavam garantidos. No entanto, o projeto foi substituído por uma transposição (em situações emergenciais) do Rio Claro e pela barragem da Prainha, opções estas que não garantem segurança hídrica para Uberaba.

CAPTAÇÕES INDEPENDENTES

Segundo José Luiz, a adutora do Rio Claro poderia dobrar o abastecimento de Uberaba, garantindo água para uma população de até 440 mil habitantes, tranquilamente. Além disso, a Codau teria uma segunda captação independente, para uma eventual necessidade de um plano de contingência, como no caso do descarrilamento da composição da FCA. Em vez de contaminar toda a água do rio Uberaba, a Codau poderia recorrer à sua segunda fonte de abastecimento, porque seria independente. Hoje isso não acontece, porque a água do Rio Claro (mais límpida) é jogada no rio Uberaba (mais barrenta) e dali para as torneiras de todas as casas da cidade…

POR QUE NÃO?

Indagado por que não optou por trazer a água do rio Grande naquela época, já que a Codau tinha em mãos um estudo indicando essa viabilidade, o ex-presidente disse que o custo da obra estava acima das possibilidades financeiras da companhia. O que mais pesou foi o custo da energia elétrica para bombear a água desde o rio Grande até a cidade. Sem contar a necessidade de fazer uma série de estações elevatórias.

QUE CHATICE!!!

Depois que Anderson deixou a Prefeitura, ele e José Luiz Alves acabaram se afastando e tomando rumos diferentes. No entanto, José Luiz assegura que a relação entre eles está muito boa. Tanto assim que quando Anderson decidiu sair candidato a deputado, chamou o amigo para ajudá-lo. “Hoje as coisas mudaram muito. No meu tempo nós trabalhávamos com caminhões, hoje é tudo pelo celular. Poderia ajudar pouco” - avalia JL. Aliás, ele lamenta que o ex-prefeito esteja fora da disputa:“É uma grande perda para Uberaba”. E arremata: “Hoje a política está muito chata. As pessoas perdem tempo com discussões que não levam a nada”. Concordo em gênero, número e grau!

CRUZ CREDO!

“O Fundão, bom que se diga, milhões de dinheiro público, é uma aberração, um instituto injusto, antidemocrático. Não coloca os candidatos em igualdade de condições; muito pelo contrário, cria privilégios”. Afirmação é do candidato a deputado estadual Zé Renato Gomes, um dos dois únicos candidatos que recusaram recursos do Fundão para custeio da campanha eleitoral.

DESIGUALDADE VISÍVEL

“Quando foi aprovado, na verdade não foi para garantir igualdade, até porque vem sendo gerenciado pelos caciques políticos, os mesmos que vivem criando legislações para inibir o nascimento e o crescimento de novas lideranças políticas que não sejam por eles controladas. Proíbem arrecadação junto a empresas, mas os recursos do Fundão injetam na campanha deles e inviabilizam outros candidatos. Impõem medidas ridículas, como a proibição de simples divulgação de material publicitário em bares e restaurantes. Eu, por opção pessoal, não usei nem os serviços oferecidos pelo meu partido, como assessoria jurídica e impressos. Não posso usar o que não concordo” - explica Zé Renato.

TRAGA A LUPA!

Zé Renato vai além: “Outra coisa que penso é que este instrumento, a utilização dos recursos do Fundão, deveria ser fiscalizado com lupa pelo Ministério Público. O número excessivo de candidatos a deputado estadual e federal pode exatamente ser um subterfúgio. Ou seja, de um jeito ou de outro, o Fundão favorece com recursos públicos os menos comprometidos”. Está coberto de razão.

ÁGUA, POR FAVOR!

Unidade básica de saúde do Calcário está atendendo pacientes e fazendo procedimentos sem uma gota d´água nas torneiras. Funcionários passaram o dia higienizando as mãos apenas com álcool e recorrendo a banheiro do posto de gasolina vizinho…

POSSE NA ACADEMIA

Em solenidade presidida pelo escritor João Eurípedes Sabino, nossa querida Academia de Letras do Triângulo Mineiro deu posse na tarde desta sexta-feira a dois novos imortais: Olga Maria Frange de Oliveira e Osmar Baroni, ela na Cadeira 15 e, ele, na de número 36 (foto abaixo). Tarde de alegria com a conquista pela ALTM de nomes exponenciais na cultura de Uberaba para robustecer seus quadros.

 

Assuntos Relacionados
Compartilhar

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por