ALTERNATIVA

Farra das horas extras estaria dobrando salários de servidores no Codau

Lídia Prata
Publicado em 30/05/2017 às 08:58Atualizado em 16/12/2022 às 13:01
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Da esquerda para a direita, San Gil Jutuca, Benedito Adeodato, Aurélio Wander Bastos, Bernardo Cabral e Técio Lins e Silva na solenidade que homenageou nosso conterrâneo, no Rio de Janeiro

Horas extras

Depois da polêmica em torno da troca da placa de anúncio de vidente em imóvel na rua São Sebastião, o Codau agora é alvo de nova denúncia sobre a “farra das horas extras”. Segundo a denúncia, servidores de diversos setores estariam dobrando os salários, fazendo até 90 horas extras mensais, quando o teto máximo legal corresponde a apenas 60 horas extras mensais.

Salário gordo

Um dos casos citados na denúncia envolve ocupante de cargo de analista de saneamento do Codau, com jornada de 8h diárias. Admitido há pouco mais de dois anos com salário base de R$ 3.653,23, o servidor recebeu salário líquido de R$ 2.384,08 em março de 2016. Já em abril de 2017 saltou para R$ 3.976,39, dos quais R$ 2.092,30 decorreram de horas extras feitas no mês de março. Vale ressaltar que o salário-base do rapaz não sofreu alteração, permanecendo nos mesmos R$ 3.653,23.

As explicações

Questionado, o Codau esclareceu que “ao longo dos últimos quatro anos vem desenvolvendo um planejamento de gestão de pessoal e de operação para diminuir as horas extras. O atual patamar já alcança a redução em torno de 50% da quantidade de horas extras em relação às registradas em 2013. A tendência é conseguir mais redução, com a implementação da carga horária de seis horas, como explica o presidente Luiz Guaritá Neto.”

Rodízio – Ainda segundo o Codau, “o caso em questão é de um engenheiro, que faz parte do comando operacional da autarquia e assim como os outros engenheiros da área fazem plantão e obedecem a uma escala de revezamento entre eles. O plantão acontece em sete dias da semana - inclui o noturno e o final de semana, pois o Codau funciona 7 dias /semana, 24 horas por dia.” Todavia, vale ressaltar que no holerite do servidor consta o cargo de “analista de saneamento”. Não de engenheiro.

Jornada enxuta – Especialistas ouvidos pela coluna acreditam que jornada de seis horas corridas no Codau deverá aumentar (e não reduzir) o volume de horas extras, caso não haja reforço no quadro de pessoal.

Uberaba em todas...

Considerado o “homem da mala” da JBS, o uberabense Ricardo Saud continua em destaque na mídia. Na revista “Veja” desta semana, a coluna “Radar” revela que Saud experimenta “seu segundo exílio na América em pouco mais de um ano. O primeiro aconteceu quando trabalhou pela eleição de Eduardo Cunha à presidência da Câmara. Seu empenho foi tamanho que Dilma Rousseff pediu sua cabeça a Joesley Batista, que, depois de alguma relutância, a concedeu”.

Na pressão

Prossegue a nota da “Veja”: Durante alguns meses, Saud ficou afastado de Brasília. Nesse período, espalhava que contaria tudo o que sabia sobre Joesley. Quando as investigações se aproximaram do grupo, o dono da JBS organizou uma temporada para ele nos Estados Unidos. Ao resolver delatar, repatriou Saud”.

Na Folha

Não foi só. Ricardo Saud foi destaque na capa do jornal “Folha de S.Paulo” desta segunda-feira. Na seção “Poder”, o jornal destaca que Saud costumava dizer aos quatro cantos que a maior bancada na Câmara Federal e no Senado não era do PT, nem do PMDB, nem do PSDB. “Era dele” – frisa a matéria da Folha. Entre outras histórias, a reportagem sobre o lobista conta que a JBS concentrou em Ricardo Saud o pagamento das propinas, fato que o tornou muito poderoso em Brasília, a ponto de ser chamado (lá como cá) de Ricardinho. Sedutor e bom de papo, Ricardo Saud organizava festas regadas a vinhos caros e carnes Friboi – segundo a matéria da “Folha”. Uma dessas festas, em 2014, foi realizada na casa do senador Renan Calheiros.

Primeiros passos

Além de servir de cenário para a foto que ilustra a reportagem da Folha, Uberaba é citada como início da trajetória de Ricardo Saud em busca de poder. Conta que ele tentou viabilizar candidatura a prefeito em 2011, sem sucesso. E, depois, assumiu cargo no Ministério da Agricultura, época em que também protagonizou o escândalo que derrubou o então titular da pasta, Wagner Rossi. Isso porque Saud intermediou o uso do jatinho da Ourofino por Rossi, sendo que pouco antes a empresa havia obtido licença do Ministério da Agricultura para comercializar uma vacina, permitindo sua entrada num mercado que movimenta 1 bilhão de dólares por ano no Brasil. O conflito de interesses derrubou Rossi.

O lado positivo

Nem só de notícias desabonadoras sobre uberabenses vivemos nós. Conterrâneo bem-sucedido profissionalmente como advogado e jurista de escol, Aurélio Wander Bastos foi agraciado com o título de Professor Emérito da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UniRio. Esse título é o mais relevante dentre aqueles destinados ao reconhecimento da carreira universitária. Solenidade ocorreu na última quinta-feira, e contou com a presença de muitos professores e autoridades, sendo presidida pelo reitor San Gil Jutuca. Os oradores foram do ex-senador e ex-presidente do Conselho Federal da OAB/RJ, Bernardo Cabral; o presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, Técio Lins e Silva, e o decano da Universidade, Benedito Adeodato. Uberabenses como Aurélio Wander Bastos orgulham nossa terra.

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