Fim de prazo

 Choque inevitável

Voltar ao Brasil depois de temporada fora do país provoca um sentimento de tristeza profunda. As comparações são inevitáveis, e os contrastes, chocantes. Pra começar, os aspectos culturais. No Canadá, onde estivemos no mês passado, as leis de trânsito funcionam: carros e pedestres respeitam sua vez. Todos atravessam na faixa. As ruas são bem sinalizadas, têm nomes visíveis, e semáforos sincronizados. Os guardas de trânsito não ficam de papo nas esquinas, mas vigilantes ao que acontece à sua volta. Fazem jus às responsabilidades da farda. E as pessoas se sentem seguras, a ponto de não precisarem de cercas elétricas, câmeras e alarmes em casa e nos carros. Também não tem essa história de bituca de cigarro e lixo jogado nas ruas, muito menos esse tal de BRT, porque o metrô e os coletivos funcionam bem. Os trens são totalmente automatizados, limpos, adesivados externamente com belas imagens da cidade, enquanto os assentos são bem cuidados e os horários obedecidos à risca. Dá gosto de ver.

Jornada prolongada

Enquanto os deputados mineiros discutem a provável proibição de funcionamento aos domingos por shopping centers e supermercados, no Canadá o comércio funciona normalmente aos domingos, até 20h. Nas lojas, os vendedores são preparados para atender bem aos consumidores e dar troco completo (sem balinha, chiclete ou outra bobagem para substituir os centavos). Todas as vendas geram um cupom fiscal com preço e impostos discriminados. Não existe essa cultura de “levar vantagem”. Talvez isso explique por que as coisas funcionam tão bem lá, do trânsito ao sistema de ensino, de saúde e segurança pública.

Alto nível

Embora seja uma das principais cidades do Canadá, Vancouver não é sua capital. Por isso, cabe o comparativo. Nos fins de semana, os festivais (internacionais, diga-se de passagem) de música levam milhares de pessoas à praça, alguns sentados no chão, outros em pé, para assistir apresentações de alto nível. No fim de semana em que estivemos lá aconteceu o Festival Internacional de Jazz, sensacional. Nos próximos finais de semanas haverá festivais de dança, exposições de artes plásticas etc, tudo bem divulgado e seguro. Nas galerias de arte e nos museus há exposições permanentes, alternadas com as temporárias de grandes mestres. E há sempre crianças (a partir de 5 anos) acompanhadas por seus professores, tendo aulas “in loco” sobre artes. E tudo na maior civilidade, sem bagunça, sem gritaria, nem correria nos corredores. Deve ser muito bom viver num país assim!

Mudança

O engenheiro Luciano Velludo é o novo presidente do G9, o grupo das nove entidades de classe mais representativas da cidade. Ele substitui Manoel Rodrigues Neto, que vinha exercendo a presidência do G9 mesmo depois de transmitir o comando da Aciu a José Peixoto. Velludo quer dar nova dinâmica ao G9, elaborando uma pauta para discussões sobre o desenvolvimento de Uberaba.

Mudança II

Depois de “mostrar serviço” (e muito serviço, diga-se de passagem), o empresário Nagib Facury está deixando a presidência da Fiemg Regional e do Cigra, que ele vinha acumulando. No caso da Fiemg, Altamir Rôso reassumiu o cargo. Já a presidência do Cigra será exercida pelo empresário Helbert Higino. A propósito, a ExpoCigra está confirmadíssima para outubro, de 19 a 22.

Por cima

Poucos líderes classistas têm o discernimento de passar o poder adiante, depois de cumprir um ou dois mandatos. Muitos querem se perpetuar no cargo e parecem se apegar a ele com uma paixão incontrolável. O exemplo que Nagib Facury está deixando é digno de ser seguido. E o melhor: ele deixa o comando as duas entidades (Cigra e Fiemg Regional) por cima, com realizações de qualidade e em quantidade, com destaque especial para a ExpoCigra 2015, um verdadeiro marco na história de feiras setoriais em Uberaba.

Fim de prazo

O suspense em torno dos servidores públicos que vão disputar as eleições de 02 de outubro está com as horas contadas. Vence hoje o prazo para desincompatibilização. A Lei Complementar 64/90 dispõe que o servidor público, estatutário ou não, dos órgãos da administração pública direta e indireta, candidato ao cargo de vereador, deve se afastar das suas funções, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, no mínimo, três meses antes das eleições. O servidor público efetivo poderá se afastar sem prejuízo salarial. Já para os servidores a título precário (de ampla nomeação e exoneração) o afastamento deve ser definitivo.

Quem? Quem?

Do primeiro escalão do governo Paulo Piau, nenhum ordenador de despesa se desincompatibilizou no final de abril. Mas, outros nomes que ocupam cargos de confiança devem pedir exoneração hoje, dentre os quais o prof. Godoy (lotado na Secretaria de Desenvolvimento Social), o jornalista Rubério Santos (da Comunicação), Belzinho (da Sagri) e Itamar Resende (Uberabão). Os quatro vêm sendo cogitados para disputar cadeira na Câmara Municipal.

Fora!

Partiu da Secom determinação expressa a todos os fornecedores e agência de propaganda, além de secretarias e órgãos da administração indireta para se absterem de toda espécie de propaganda e uso de logomarca do governo Paulo Piau, a partir de hoje, em razão da Lei Eleitoral.

Prestação de contas

O especial com a prestação de contas do governo Paulo Piau, veiculado na edição dessa quinta-feira pelo Jornal da Manhã, surpreendeu a muitos leitores pela quantidade de obras e realizações que marcaram os últimos três anos e meio. Além disso, o material teve apresentação gráfica de qualidade, assinado pela P Comunicação. Muito bom.