Sem fumacê
Não foram três pedidos da Prefeitura ao Estado para disponibilização dos veículos fumacê em Uberaba. É o que diz o superintendente regional de Saúde, Maurício Ferreira, ressaltando que o único pedido foi protocolado pelo município no dia 19 de dezembro do ano passado e respondido negativamente uma semana depois, no dia 26. Segundo Maurício, a resposta incluiu explicação técnica para a recusa da cessão do veículo para aplicação especial de inseticida a Ultra Baixo Volume (UVB), popularmente conhecido por fumacê, ressaltando que a liberação só pode ocorrer quando a incidência de dengue atinge nível de 300 casos notificados para cada grupo de 100 mil habitantes, o que não é o caso de Uberaba.
Menos veneno
Segundo o superintendente Maurício Ferreira, o fumacê tem mais efeito psicológico na população do que propriamente resultado prático no combate ao mosquito transmissor da dengue. “A aplicação espacial a UVB é uma atividade classificada como emergencial e tem como função específica a eliminação das fêmeas adultas do Aedes aegypti e deve ser utilizada somente para bloqueio de transmissão e para controle de surtos ou epidemias”. Ou seja, não elimina criadouros do mosquito.
Bomba atômica
“O fumacê é a bomba atômica que você usa quando não tem mais jeito. E aí você mata tanto inocentes quanto culpados, num comparativo com uma fotografia de guerra. Ou seja, não posso sair jogando veneno porque tem mosquito. O fumacê é a última arma que se usa no enfrentamento à dengue” – ressalta Maurício Ferreira.
Investimento na prevenção - Segundo o superintendente de Saúde, o município precisa investir pesado nas ações preventivas, pois recebe dinheiro do Ministério da Saúde para compor equipes de visitação aos imóveis, buscando criadouros do mosquito para combatê-lo ali, sem deixar que fiquem adultos. “Quando o município, por algum motivo, não tem êxito, não fez o dever de casa, há uma explosão do mosquito. Não vai aqui nenhuma crítica, porque acho que o Iraci Neto faz um bom trabalho. Não se pode dizer que houve negligência por parte do município, porque não se sabe se os recursos federais estão chegando. Além disso, temos problemas com domicílios fechados e problemas de educação da população, porque é muito fácil as pessoas apontarem o dedo para os vizinhos, mas não limpam seus quintais. Entendo que a explosão da dengue em Uberaba está mostrando que alguma coisa não foi feita corretamente na fase preventiva. O que ficou faltando eu não sei.”
De olho - Ainda de acordo com o superintendente, é preciso também que as UPAs façam um diagnóstico caprichado dos pacientes com queixas que possam sugerir dengue, com consequente notificação dos casos suspeitos. Para isso, as equipes de saúde precisam receber treinamento adequado para identificação dos casos suspeitos de dengue.
No lugar certo
Enquanto Belo Horizonte, Governador Valadares, Uberlândia e outras várias cidades mineiras estão literalmente debaixo d’água, Uberaba está conseguindo passar no teste das chuvas na parte baixa da cidade. Avaliação é do presidente da Codau, Luiz Guaritá Neto, ressaltando que o Água Viva tem evitado as enchentes no centro, como aquelas que levavam pânico à população em tempos passados. Por outro lado, ele lembra que os pontos de alagamento nos bairros já estão sendo atacados tanto pela Codau quanto pela Prefeitura. Neste caso estão as avenidas Santana Borges e Marcus Cherém, onde vêm sendo executadas obras de microdrenagem nas ruas paralelas. Luiz Neto reforça que hoje são 55 obras de drenagem pela Codau e outras 79 pela PMU.
Alô, alô!
Moradores da rua Tenente Wenceslau enfrentam problemas com o trânsito de caminhões pesados por lá. O calçamento é de pedra e está irregular. Por isso, eles contam que “quando caminhões passam por essa rua, parecem vagões de trem de ferro, fazendo tremer toda a estrutura dos imóveis, além do barulho que tira o sossego de todos os moradores. Como se não bastasse, tais pedras são perigosíssimas por ser lisas. Quando molhadas, parecem quiabo. Carros derrapam e motos caem com frequência”.
Meio ambiente
Germano Luiz Gomes Vieira, secretário de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, estará hoje em Uberaba. Advogado, mestre em Direito Público e especialista em educação ambiental, o secretário tem livros publicados na área. Aqui ele cumprirá extensa agenda, incluindo encontro com empresários na Fiemg e reunião com o prefeito Paulo Piau no fim da tarde.
Carga pesada
Ninguém tem dúvida de que o Estado de Minas Gerais sufoca o varejo com a sua alta carga tributária. Outros estados já alteraram suas legislações, e aqueles que haviam adotado Substituição Tributária (ST) estão recuando. Uberaba, pela proximidade com os estados de São Paulo e Goiás, que têm tributação mais branda, sofre mais ainda. O superintendente do Shopping Uberaba, Guilherme Vilela, reuniu empresários e contabilistas em um encontro nessa terça-feira para discutirem o rol de reivindicações mínimas para ser apresentado durante a reunião hoje com o secretário estadual adjunto da Fazenda, Luiz Cláudio Gomes.
Lojistas do Shopping Uberaba afinaram o discurso para audiência com o secretário-adjunto de Finanças de Minas, hoje